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quarta-feira, dezembro 24, 2025
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CDHU usará estrutura metálica nos telhados para preservar meio ambiente e reduzir custos

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Medida vai economizar cerca de 106 mil árvores nativas por ano; outras vantagens são a prevenção contra contaminação do meio ambiente por produtos químicos e redução no custos com transporte

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) passará a usar estruturas metálicas em substituição ao madeiramento de telhados na construção de casas populares. A medida visa preservar o meio ambiente, agilizar as obras e reduzir os custos com transporte, entre outros benefícios. O processo de licitação para a compra de aproximadamente trinta mil unidades de estruturas metálicas foi aberto nesta semana.
As atas com os menores preços poderão ser utilizadas por todas as prefeituras conveniadas para a produção de moradias pelo Programa Parceria com Municípios, que tem uma produção média anual de 20 mil unidades habitacionais. De acordo com a área técnica da CDHU, para cada casa são utilizadas cerca de 3,18 árvores originadas de reflorestamento ou 5,3 de origem nativas. A economia, portanto, deve variar entre 63.600 a 106 mil árvores por ano.
A escassez da madeira e a dificuldade no controle de procedência e qualidade foram motivos que levaram a Companhia a substituir a matéria-prima. O custo do transporte foi outro fator decisivo. Madeiras extraídas legalmente costumam viajam por longas distâncias até as obras. “A utilização de estruturas metálicas é uma alternativa economicamente viável que garante a qualidade da obra e contribui diretamente com a sustentabilidade ambiental”, defende o diretor Técnico da CDHU, João Abukater Neto.
Além de reduzir a derrubada de árvores, outra vantagem no uso de metais industrializados para sustentação de telhados é a diminuição dos riscos de contaminação. A madeira utilizada em estruturas de cobertura exige tratamentos químicos para assegurar a durabilidade e os produtos, se manipulados de forma inadequada, podem contaminar o meio ambiente ou prejudicar a saúde de trabalhadores.
A prática da compra de material em larga escala gera uma economia substancial à CDHU. No último mês, uma tomada de preços para aquisição de um milhão de metros quadrados de pisos e azulejos gerou economia significativa em relação ao preço de mercado.
Segundo Abukater Neto, a medida é parte de uma nova política implementada pelo Estado para a construção de moradias populares e representa uma mudança de paradigma na construção civil. “Com esses pregões, obteremos bons preços, qualidade e agilidade na compra de materiais de construção”, defende.
As prefeituras conveniadas com a CDHU, por meio do Programa Parceria com Municípios, poderão aderir à ata de preços final da licitação e adquirir os produtos pelo menor preço registrado. “A economia é dupla: nos preços dos materiais e nas despesas com a administração de um processo licitatório”, explica Abukater. Além de revestimentos cerâmicos e estruturas metálicas, a CDHU pretende abrir concorrência para aquisição de aquecedores solares, caixilhos, portas, louças e metais, kits hidráulicos e elétricos.
A Secretaria estadual da Habitação vem adotando uma série de medidas para que seus conjuntos habitacionais sejam ecologicamente sustentáveis. Em relação à madeira, a primeira medida foi utilizar apenas matéria-prima certificada. No ano passado, foram assinados dois documentos visando diminuir o impacto da construção de moradias causado ao meio ambiente e aperfeiçoar o uso dos recursos naturais.
Em setembro do ano passado, em protocolo de cooperação assinado com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a CDHU se comprometeu a adotar critérios de preservação ambiental durante o projeto, construção e habitação dos empreendimentos. Entre os compromissos assumidos estão minimizar os resíduos de matéria-prima durante a obra; comprar insumos de empresas que respeitem protocolos de sustentabilidade da Secretaria do Meio Ambiente; utilizar madeira com certificado de origem; cobrar regulagem dos veículos de transportadoras de insumos; promover a destinação adequada de resíduos de obras ou demolições; contribuir com a arborização do entorno dos conjuntos; reflorestar áreas de margens de cursos d’água existentes nos empreendimentos, entre outras.
Um termo de cooperação com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), firmado em novembro, teve como objetivo unir conhecimento técnico, recursos materiais e financeiros para promover estudos tecnológicos voltados ao uso racional de recursos naturais e o emprego adequado de materiais nas construção da CDHU.

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