Mais um 7 de setembro, um domingo comum apesar da data. Talvez já tenhamos ficado independentes suficientes de mais para não comemoramos datas que nos remetem a nossos antepassados. As lembranças da infância são coisas de velho para os jovens e, pior, também fomos jovens como eles e fizemos as mesmas coisas com a história de nossos pais.
Quando vejo a mídia tanto citar 0 4 de julho dos americanos fico me perguntando porque não temos o mesmo senso patriótico mas acabo deixando pra lá, afinal não somos e nunca fomos americanos. Eles são do norte e nós do sul. Eles são de origem saxônica e nos o berço da filosofia, a origem latina dos sonhos da fala, dos sentimentos das artes.
Brasileiro é um ser único, nascido da internacionalização das raças, criado entre o suor da crença no trabalho, a poesia da esperança de novos tempos e a humildade do sábio que enxerga otimismo no contrário, no meio das injustiças.
O domingo vai passar como todos os demais. Nem mesmo um 7 setembro teve a força de transformar domingos em dias festivos quando ainda se podia sentir na carne a diferença de alguns poucos sobre milhões. Neste domingo especial milhões de brasileiros continuam superlotando ônibus e sob seus olhares de esperança outros, só que alguns poucos milhares, passeiam em seus reluzentes carros vazios.
Este é o Brasil independente e com crença no futuro desde que independente ficou na marra, no grito a beira do rio.
João Paulo de Mello Oliveira
Advogado – OAB/SP 114854
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