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segunda-feira, novembro 11, 2024

100 anos sem Machado de Assis

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Apesar de tudo, escritor brasileiro tem mais reconhecimento fora do Brasil

O ano de 2008 é, por lei, o Ano Nacional Machado de Assis. Em comemoração aos cem anos sem o maior expoente de todos os tempos da literatura brasileira, a Lei n°11.522 foi assinada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil.
As comemorações ao centenário da morte do escritor vão desde oito novas obras lançadas, vários relançamentos e exposições sobre suas obras. No ano passado, a 27° Feira do Livro de Santiago, Chile, teve o Brasil como convidado homenageado.
Jornalista, cronista, romancista, contista, poeta e teatrólogo, Joaquim Maria de Machado de Assis, nasceu em 1839, no Rio de Janeiro. Assis deixou uma visão pessimista, irônica e perspicaz da vida carioca no começo da República. Naqueles tempos as ruas do Rio tinham mau cheiro, havia muitos assaltos, os escravos eram maltratados e 84% da população era analfabeta. Suas obras ainda incluem a crítica literária.
De saúde frágil, epilético, gago, Joaquim Maria Machado de Assis, ou o bruxo, como era conhecido, ficou órfão de mãe muito cedo e não chegou a freqüentar a escola. Em 1851, com a morte do pai, tornou-se vendedor de doces. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender e se tornou um dos maiores intelectuais do País, ainda muito jovem. Aos 15 anos, publicou o primeiro poema. Colaborava intensamente nos jornais, tornando-se respeitado como intelectual antes mesmo de se firmar como grande romancista.
Machado aprendeu sozinho francês e inglês, e contestava em suas crônicas os poderosos da época. Aos poucos o canhoto passou a dedicar mais tempo à carreira literária e escreveu uma série de livros de caráter romântico. Entre as obras que marcaram a primeira fase de sua carreira estão, Helena, Ressurreição e as coletâneas Contos Fluminenses. Em 1881, o escritor abandona o romantismo e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, que marca o início do realismo no Brasil. Obras como Quincas Borba e Dom Casmurro, vão além dos ideais realistas. Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente, cargo que ocupou durante dez anos. Após a morte da mulher, Carolina Xavier de Novaes, em 1904, o autor entrou em um momento profundo de tristeza. Doente e solitário, o escritor morreu em 29 de setembro de 1908, no bairro carioca do Cosme Velho.
Há cem anos Machado de Assis entra para a história como um dos ícones da literatura brasileira.

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