O Prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos, representantes da sociedade
civil, das polícias civil e militar, dos veículos de comunicação e demais
autoridades municipais participaram de uma reunião de trabalho onde foram
propostas uma série de ações compartilhadas que visam minimizar a atuação
dos pichadores na cidade. O evento foi realizado na manhã desta
segunda-feira, dia 2 de fevereiro, na Sala Azul do Gabinete.
Uma das ações imediatas deliberadas pelo prefeito foi a instituição de ato
normativo que estabelece como rotina de trabalho o registro de Boletim de
Ocorrência (BO) e a abertura de inquérito policial para responsabilizar os
pichadores ou seus responsáveis por danos aos próprios públicos.
Dr. Hélio anunciou ainda a divulgação de uma campanha publicitária tendo em
vista o engajamento da sociedade quanto à denúncia desses atos de infração e
a realização de um mutirão para recuperação de praças e prédios e públicos
pichados.
“As ações públicas serão no sentido de recuperar os mais de 143 próprios
públicos, entre praças e prédios pichados e, ao mesmo tempo, começar uma
campanha publicitária, paga pelo erário municipal, evidenciando o Disque
Denúncia para que as pessoas possam denunciar os pichadores”, ressaltou o
prefeito.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) 2,
Kleber Altale esclareceu que a polícia civil só pode agir de imediato quando
se trata de patrimônio público. “No caso de patrimônio particular dependemos
da representação do ofendido, por isso é necessário que o proprietário faça
a representação para que a polícia possa realizar a investigação”, informou.
O secretário municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública,
Mário de Oliveira Seixas, confirmou um aumento nas ações da Guarda Municipal
na abordagem e encaminhamento de pichadores às delegacias, mas enfatizou que
o longo prazo entre a apresentação dos infratores na delegacia até a efetiva
punição é prejudicial.
“Para desestimular a reincidência é preciso que a punição seja rápida”,
disse o secretário, salientando ainda que a sociedade precisa demonstrar,
efetivamente, que não quer a continuidade desses atos.
Entre as demais propostas levantadas pelos participantes da reunião estão o
ressarcimento financeiro dos prejuízos acarretados nas edificações pichadas;
identificação dos grupos de pichadores; divulgação das imagens da infração;
e realização de campanha educativa nas escolas.