Guarani e Ponte resgataram os bons tempos do futebol campineiro. O derbi de domingo, dia 08 no Brinco, foi um dos mais emocionantes da história entre eles. Além do espetáculo dentro de campo, as torcidas se comportaram de maneira descente e nenhum incidente grave se constatou. Claro que a Polícia Militar, sempre criticada quando há brigas entre os torcedores, teve o mérito na manutenção da tranqüilidade. O empate em dois a dois premiou o trabalho de todos. Tudo foi tão perfeito que cheguei a dizer na transmissão, pela rádio Central, que a cidade deveria ter um derbi por semana. Assim teríamos o estádio com muita torcida, assunto para toda a semana que antecede o evento e na semana seguinte, interesse do comercio em divulgação, enfim, tudo que cerca o jogo entre as duas principais equipes de Campinas vem ao encontro dos interesses da maioria das pessoas ligadas ao evento. Ainda bem que este ano teremos, no mínimo, três derbis. Um pelo Paulista, já realizado, e mais dois no Brasileiro da série B. Se Ponte Guarani se classificarem para as finais do Paulistão, teremos mais um. Acho difícil que isso aconteça. O campeonato, hoje, tem mostrado uma superioridade acentuada das fortes equipes da capital, Palmeiras, Corinthians e São Paulo, além de Barueri e São Caetano. Existe também a possibilidade de classificação para a disputa do título do interior. O mais importante, no entanto, é entender porque a Ponte e principalmente o Guarani atuam bem, quando enfrentam equipes grandes, e se complicam contra times de melhor expressão. O detalhe é que contra os grandes eles jogam bem e perdem e contra os pequenos muitas vezes jogam mal e não ganham. Assim fica difícil! O objetivo das equipes campineiras é o acesso da série B para a série A, no Brasileiro, mas disputar as finais do paulistão dá status e valoriza o elenco. O exemplo está na venda do Renato, meia da Ponte, que foi vendido ao futebol árabe com quase mil por cento de valorização, em relação ao que foi pago pela Ponte.
Um abraço e muita sorte!
Derbi de arrepiar!
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