Em contraponto à crise mundial que tem cortado milhares de vagas de trabalho no país, o setor de saúde pública estadual de São Paulo deverá gerar, neste ano, cerca de 7 mil novos empregos diretos, a grande maioria com carteira assinada.
A projeção é da Secretaria de Estado da Saúde, com base nas contratações programadas pelos novos hospitais e ambulatórios da pasta entregues nos dois últimos anos, além das inaugurações programadas para 2009.
No total serão oito hospitais estaduais e 30 AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) com vagas disponíveis para médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e cargos administrativos. Somente para médicos estão previstas 2,4 mil contratações. Conforme os serviços nessas novas unidades forem sendo ativados, mais vagas deverão ser abertas até 2010.
Todas essas novas unidades são ou serão gerenciadas por entidades privadas, sem fins lucrativos, por intermédio de contrato de gestão firmado com o governo paulista com as chamadas Organizações Sociais de Saúde. A vantagem é que o parceiro tem maior autonomia para a contratação e administração de recursos humanos, com salários de mercado. As remunerações, que variam conforme a unidade e a função, podem chegar a R$ 7,9 mil mensais.
Somente no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”, maior hospital voltado à oncologia da América Latina, na capital paulista, está prevista a abertura de 2,7 mil novas vagas neste ano, das quais 327 para médicos e 1.194 profissionais de enfermagem, dentre outros funcionários.
“A rede estadual de saúde passa por um momento de forte expansão, o que irá favorecer a abertura de vagas especialmente para profissionais com formação na área. É um reforço expressivo no quadro de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde”, afirma Márcio Cidade Gomes, coordenador de Contratos de Gestão de Serviços de Saúde pela Secretaria.