Mesmo depois de uma reunião promovida no dia 07 de dezembro de 2005 na subprefeitura de Sousas entre representantes da CPFL , dos comerciantes e dos moradores dos distritos, as constantes e longas faltas de energia continuam e tem provocado indignação.
Durante a reunião e em contato que o Jornal Local fez com a CPFL eles alegam que os temporais típicos dessa época do ano, acompanhados de ventos fortes e descargas elétricas são os responsáveis por curtos circuitos na rede que acarretam na queda do fornecimento de energia.
Entretanto acompanhamos durante o mês de janeiro algumas das situações em que houve falta de energia e conversamos com alguns moradores que discordam da principal justificativa apresentada pela CPFL. No último dia 18, por exemplo, a chuva fraca e sem descargas elétricas deixou os distritos sem luz por quase duas horas e meia.
Diante dessas situações, que foram apresentadas também durante a reunião, a Companhia Paulista de Força e Luz se defendeu dizendo que o cabeamento da região de Sousas e Joaquim é muito antigo e está sobrecarregado, o que faz aumentar a incidência da queda na transmissão de energia.
O condomínio Colinas do Ermitage,é um dos que mais tem sofrido, os moradores reclamam o desconforto de ficarem horas sem poder tomar um banho quente ou ligar uma televisão, “Em geral, somos os primeiros a ficar sem energia e os últimos a verem ela voltar” reclama uma moradora. Além disso, os moradores têm que conviver com a possibilidade de ter muitos de seus aparelhos eletrônicos queimados. Nesse caso deve-se acionar a CPFL e cobrar o prejuízo.
O que mais preocupa durante o período que os distritos ficam sem energia, sem dúvida é a segurança, os condomínios são obrigados a aumentar as rondas e as portarias com suas cancelas e portões eletrônicos ficam desprotegidas. Outra questão que preocupa e que causa muito prejuízo é em relação aos estabelecimentos comercias, que no dia 27 de janeiro, chegaram a ficar 4 horas com geladeiras, freezers e computadores desligados, provocando perda de material e de clientes.
A situação nos distritos está insustentável, enquanto a CPFL garante no “serviço de atendimento ao cliente” que a energia é restabelecida em média em 70 minutos, aqui ficamos horas esperando. Há dois meses foram prometidas medidas que amenizassem as constantes quedas de energia e até agora nada foi feito, pior do que isso, a CPFL não fornece nenhuma perspectiva de quando este problema será solucionando.
As associações de comerciantes e moradores devem se mobilizar e se necessário recorrer a ANAEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), para que a população dos distritos tenham seus direitos respeitados.
Karine Massacani