As redes sociais são um fenômeno de popularidade. Mas como poderíamos usá-las em benefício dos negócios? Essa questão motivou a realização de um seminário promovido pela revista Exame INFO neste mês de agosto em São Paulo.
Participaram do evento quase 700 pessoas dos quais cerca de 60% eram representantes de agências de publicidade e 30% representantes de empresas anunciantes. Os outros 10% provavelmente formado por curiosos como eu.
A representatividade definida por essa platéia demonstra que os negócios na Internet estão voltados para o uso como mídia publicitária. É esse o modelo de negócios que sustenta os grandes portais como Terra, UOL, Yahoo e IG e será esse o modelo de negócios que vai sustentar as grandes Redes Sociais horizontais como Orkut, MySpace, Facebook e as verticais como o LinkedIn e Flickr.
Outra explicação para a grande presença de agências publicitárias nesse tipo de evento é que elas estão completamente perdidas no fogo cruzado entre anunciantes, usuários, mídia tradicional, mídia digital (Portais e Redes Sociais), desenvolvedores de soluções e suas próprias comissões na compra de mídia.
Todos esses são atores importantes no mercado, cada qual com diferentes expectativas. As empresas de Internet (mídia digital) precisam ganhar popularidade em seus sites para converter essa popularidade em receita publicitária. Como o custo de uma campanha publicitária na Internet é menor que na mídia tradicional e, além disso, é possível segmentar as ações e medir resultados de uma forma mais objetiva, se desperta também o interesse dos anunciantes.
Esses anunciantes querem divulgar seus produtos e serviços e contratam agências de publicidade para realizar suas campanhas. As agências de publicidade têm grande parte de sua receita gerada a partir das comissões recebidas das mídias contratadas, ou seja, quanto maior o custo da mídia, maior a comissão. Portanto, não há tanto interesse em contratar mídias mais baratas como a Internet.
Os usuários, principalmente os de Redes Sociais, não gostam da divulgação intensa de publicidade nos serviços que estão utilizando, mas se encantam com iniciativas inovadoras e inteligentes que se espalham rapidamente entre eles (ação definida como viral).
Acredito que a solução dessa equação passa por nós, desenvolvedores de soluções. Nós temos que viabilizar ações inovadoras e inteligentes usando tecnologia e atendendo o planejamento de campanha definido pelas agências de publicidade.
Para encerrar, vou citar uma frase creditada a Henry Ford: “Se eu perguntar aos clientes o que eles querem, provavelmente me pedirão um cavalo mais rápido”. Estamos vivendo essa fase novamente, o cliente não sabe o que pedir, precisamos criar um produto inovador.
Prof. Dr. Plínio Vilela
http://vilela.ydoo.com.br




