A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e Secretaria de Saúde de Campinas realizam em 27 de junho o I Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular. Todos os centros de saúde da cidade participarão da ação que visa a identificar pessoas com potencial de risco para doença cardiovascular, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e derrame cerebral (acidente vascular cerebral).
“Como a doença cardiovascular é a principal causa de morte no mundo, é importante agir o mais precocemente possível, investindo em conscientização, detecção e controle dos fatores de risco”, comenta o presidente da SOCESP, Ari Timerman.
A avaliação se dará por meio da aplicação de uma tabela – universalmente aceita – de medida da pressão arterial, identificação do peso, da altura e da medida da circunferência abdominal e de uma entrevista sobre hábitos de vida. A partir daí o cidadão será identificado nas faixas de baixo, médio ou alto risco, sendo orientado para eventual acompanhamento e tratamento médico na atenção básica. Também haverá a distribuição de uma cartilha sobre fatores de risco e a relevância dos bons hábitos para a saúde do coração.
No sábado, dia 27, todos os centros de saúde de Campinas estarão abertos das 9h às 17h para este fim. A meta é atingir pelo menos 20 mil campineiros a partir dos 12 anos de idade. Para participar basta procurar a unidade de saúde.
Posteriormente, os exames, gratuitos, continuarão sendo feitos no horário de funcionamento dos centros de saúde regularmente até dia 4 de julho.
São Paulo também tem Mutirão
O mutirão é inédito no País e acontecerá simultaneamente em Campinas e na cidade de São Paulo. No geral, a meta é atingir 150 mil cidadãos.
“Campinas, junto com a cidade de São Paulo, pela primeira vez no Brasil, fará um trabalho de massa para avaliar o risco cardiovascular da população. Isto é muito importante porque permite identificar casos que não estão sendo acompanhados, ao mesmo tempo em que oferece a oportunidade aos pacientes para que façam o diagnóstico mais apropriado e assim possam fazer a prevenção”, informa o secretário de Saúde de Campinas e diretor de Regionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, José Francisco Kerr Saraiva.
Dados sobre as doenças cardiovasculares
A doença cardiovascular representa a maior causa de morte na região e no Brasil. Só no dia de hoje, em Campinas e na Região Metropolitana, devem morrer cerca de 10 pessoas de doença cardiovascular. Isto significa 3 mil mortes por ano.
“Não podemos fugir desta responsabilidade de avaliar o risco cardiovascular desta população e através desta avaliação dar os devidos encaminhamentos e tratamento”, diz Kerr.
O resultado deste Mutirão também é importante para direcionar políticas de prevenção e controle do risco cardiovascular que dá-se por meio da atividade física, da redução do peso e do controle do tabagismo.
“Muitos dos nossos pacientes que não sentem nada estão expostos aí ao risco de 20% a 25% de uma doença do coração nos próximos 10 anos o que significa uma epidemia. No Brasil somente hoje trabalha-se com a estimativa de óbito de 1 mil pessoas por doença cardiovascular, o que significa 360 mil mortes por ano, uma epidemia mundial em que temos que agir de forma muito agressiva. Esta epidemia não só mata como compromete a qualidade de vida da população.”.
O Mutirão, que será iniciado dia 27, marca também as comemorações do Dia Estadual do Coração. Trata-se de um trabalho conjunto entre Secretaria Estadual de Saúde, Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e Secretarias de Saúde das prefeituras de Campinas e de São Paulo.




