Se no período de estudos fazemos muitos amigos, crescemos como seres humanos e ganhamos uma visão ampliada do mundo, por outro, é o período de desgaste físico, psicológico e emocional.
A rotina corrida de acordar cedo, ir para o trabalho ou estágio, almoçar e ler ao mesmo tempo, sair da empresa, ir para a escola ou faculdade, voltar para casa, desenvolver uma atividade escolar, tomar banho, comer algo prático e, só depois de tudo isso, enfim, dormir, não é nada fácil.
Privar-se do sono pode ser um grande problema na vida do estudante, pois, uma noite mal-dormida é suficiente para diminuir o reflexo, alterar a personalidade, causar irritabilidade, dificuldade de concentração, aumento da fadiga e do estresse. “É importante lembrar que temos uma fase do sono, chamada REM, que é a responsável pelo processamento de informações e fixação da memória. Ou seja, nunca, em véspera de provas, passe a noite em claro, pois, tudo o que você aprendeu, pode ser perdido”, explica o Prof. Dr. Luis Vicente Franco Oliveira, coordenador do Laboratório do Sono da Universidade Nove de Julho – UNINOVE.
Como não é possível abrir mão das atividades desenvolvidas no dia-a-dia, o ideal para o estudante é aproveitar para ter qualidade nas horas em que dorme. Para isso, é necessário manter a higiene do sono, onde, alguns fatores importantes, são: evitar a prática de atividades físicas intensas antes de se deitar, dormir sempre no mesmo horário, não deixar luzes acesas na hora de dormir, ficar no máximo de silêncio possível, não ter televisão no quarto e não dormir ouvindo música, não fazer refeições pesadas antes de ir para cama, bem como não dormir com fome, não ingerir substâncias estimulantes como café, chás pretos e refrigerantes a base de colas.
Já, para não ter sono durante o dia, o ideal é ficar exposto à luz solar, de preferência, sem óculos escuros. “Nós temos um hormônio, chamado melatonina, que é um indutor do sono. Ele é gerado quando estamos no escuro ou fechamos os olhos. Por outro lado, se não nos expusermos à luz solar, será reduzida a sua formação e teremos menor propensão de sentir sono”, exemplifica o professor.




