O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Allan Kardec Dualibe, previu que, em até três meses, os postos de combustíveis passarão a usar o termo ‘etanol’ em vez de ‘álcool’. A mudança começou por Ribeirão Preto, que é região produtora. A agência reguladora autorizou a mudança do nome a pedido do setor sucroalcooleiro, com a ideia de que o uso do nome etanol no Brasil reforçará a posição internacional do produto brasileiro. O termo álcool, porém, está previsto na Constituição, e a decisão da ANP não poderia ser impositiva.
Segundo o diretor, uma pesquisa feita pelo Ibope constatou que 80% dos entrevistados já haviam ouvido falar de etanol. No entanto, apenas 25% associavam o termo ao álcool combustível. ‘Existem outros usos para a palavra álcool, como o ligado à bebida, à cachaça e ao álcool gel’, disse ele, ainda defendendo o uso do nome etanol. Dualibe afirmou ainda que, desde maio de 2008, o álcool é mais vendido no Brasil que a gasolina. ‘O combustível alternativo no Brasil é a gasolina’, afirmou o executivo, que participou hoje do seminário ‘Do petróleo aos biocombustíveis’, no Rio de Janeiro.