Mariana Dorigatti
Desde surgimento da gripe H1N1, em 24 de abril de 2009, houve um grande esforço da saúde pública brasileira, da Vigilância Sanitária e da Vigilância Epidemiológica, dos Estados, Municípios e Governo Federal, no sentido de retardar ao máximo a entrada e a disseminação da doença no Brasil. Pacientes que traziam o vírus de fora, eram monitorados, colocados em quarentena, e o grupo de pessoas que tiveram contato com o paciente também eram orientados a se tratar para que não se rompesse o bloqueio sanitário.
Atualmente, com o vírus circulando livremente em território nacional, a preocupação maior é em relação ao atendimento, orientação, cuidado, internação e tratamento dos casos graves, já que, a própria OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou pandemia de influenza H1N1.
A enfermeira e coordenadora do Centro de Saúde de Sousas, Lúcia de Fátima Brito informou que no começo do surto da doença, quando ainda se faziam os exames, quatro casos foram confirmados em Sousas. Agora, em estado de pandemia os pacientes com gripe são isolados, recebem máscara, e os casos mais graves ou suspeitos são encaminhados para a internação ou entram com protocolo para medicação, sem realizar qualquer tipo de exame para a confirmação.
A Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde confirmou que atualmente os exames laboratoriais são realizados somente em casos graves de síndrome respiratória aguda grave, em casos de identificação de surto e em casos de identificação de óbito por gripe. Portanto os casos de morte divulgados pela mídia são todos confirmados por exames laboratoriais.
Aumento de temperatura faz diminuir os casos de gripe.
Na primeira quinzena de julho, o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, declarou à imprensa que com o aumento da temperatura a transmissão do vírus da gripe seria menor, e isso diminuiria os casos e consequentemente os óbitos.
O reflexo disso pode ser notado na queda consistente no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, que caiu pela terceira semana seguida, confirmando a tendência que já havia sido observada nas semanas anteriores.
Segundo a distribuição por Semana Epidemiológica (SE), na semana 32, que vai de 9 a 15 de agosto, foram registrados 1.165 casos, na semana 33, que vai de 16 a 22 de agosto, o número caiu para 639 casos e a semana 34 que vai de 23 a 29 de agosto foram registrados somente 151 casos graves causados pelo novo vírus. Esta análise de dados permite concluir que a transmissão e os casos graves provocados pelo vírus H1N1 estão diminuindo em todo o Brasil.
A coordenadora do Centro de Saúde de Sousas, Lúcia de Fátima Brito também enxerga a diminuição de sintomas gripais em pacientes que buscam a unidade de saúde. Para ela, com o aumento da temperatura, as pessoas evitam ficar em ambientes fechados, o que dificulta a transmissão do vírus.




