Mariana Dorigatti
Dr. José Antonio Cremasco, um dos mais conceituados advogados do Estado de São Paulo, é presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de Campinas, e sempre trabalhou compromissado com a justiça e a democracia sindical em defesa dos trabalhadores de diferentes categorias.
Uma luta histórica que teve repercussão nacional foi a greve dos petroleiros de 1983, uma das primeiras a serem realizadas durante o período da Ditadura Militar. A causa era muito difícil de enfrentar e quase nenhum advogado quis trabalhar contra o regime militar. Dr. Cremasco, com toda a sua competência, trabalhou junto a categoria, defendendo a democracia sindical e a reintegração dos 150 trabalhadores demitidos. Quase trinta anos depois, através de uma luta incessante, a maioria dos trabalhadores foram anistiados, mas segundo Dr. Cremasco, o prejuízo que eles tiveram não pode ser recuperado agora. “As pessoas às vezes não entendem isso de pagar milhões para trabalhadores anistiados, porque não se recordam do momento que eles atravessaram, muitos perderam a família, os filhos deixaram de estudar, então essa anistia não cobre o prejuízo que eles tiveram”.
Dr. Cremasco também trabalha para o Sindae há 23 anos, dando assessoria jurídica para os trabalhadores da Sanasa, que o reconhecem até hoje como um companheiro de luta que esteve presente em todos os momentos da história do sindicato, fazendo parte das inúmeras conquistas obtidas pelos trabalhadores. A primeira delas foi a fundação do Sindae, que antigamente era controlado pela própria Sanasa, mas com muita luta conseguiram montar uma diretoria independente totalmente comprometida com as causas dos trabalhadores.
Após anos acompanhando as oposições sindicais de Campinas e região, o escritório de advocacia do Dr. Cremasco vai assessor a eleição dos condutores de Campinas, a pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e dos próprios condutores. O advogado está esperançoso em relação a este trabalho e acredita que esta eleição será mais um desafio para a sua carreira. “Vou enfrentar essa eleição e quero que ela seja um marco na história da democracia sindical”.