A volta da CPI dos Pedágios à agenda da Assembléia Legislativa já repercutiu. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística no Estado do RS (Setcergs), Sérgio Neto, foi o primeiro empresário a ser manifestar sobre o assunto. Para ele, o Programa Gaúcho de Concessões Rodoviárias “tem vícios na origem”.
.“As concessões se converteram em meras fontes de receita, ardilosamente montadas para obter o máximo de receita com o mínimo de retorno”, diz o empresário.
.Sérgio Neto defende uma CPI para investigar as concessões. “Há muito a esclarecer, sobretudo quanto à responsabilidade pelos estudos técnicos que definiram os pólos, além dos termos da concorrência que contemplou consórcios formados exclusivamente por empreiteiros rodoviários, sócios comuns em diferentes pólos destas concessões”.
. O empresário esclarece que os transportadores de carga e operadores logísticos não são contra os pedágios como forma de manutenção das rodovias, “mas as políticas públicas não podem permitir a exploração danosa de terceiros frente à sociedade”. A força dos contratos é tal, segundo ele, que os concessionários se portam de maneira arrogante e ameaçadora toda vez que alguma comunidade expressa seu descontentamento.
.O deputado Osmar Severo, do PDT, contabiliza 14 assinaturas, faltando mais cinco para a instalação da CPI. O pedido de CPI anterior obteve 27 assinaturas, mas 14 deputados retiraram seus nomes do pedido, o que inviabilizou a investigação.
.O deputado pretende ir às praças de pedágio para pedir aos caminhoneiros que pressionem os deputados a formarem a CPI.
CPI dos Pedágios volta à agenda da Assembléia
Data: