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sexta-feira, novembro 22, 2024

Saúde lança inquérito telefônico sobre fatores de risco e doenças crônicas

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O ministro da Saúde, Agenor Álvares, apresenta hoje um novo instrumento para verificar a relação entre os brasileiros e as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como hipertensão, diabetes, tabagismo e outras. Trata-se do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por inquérito telefônico, o Vigitel, pelo qual a população será inquirida sobre seu padrão de alimentação e atividade física, suas características indicativas de composição corporal, freqüência do consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas e outros fatores de risco.
Dessa forma, será possível fazer um levantamento sobre a distribuição e a evolução dos principais fatores de risco para DCNTs no país. Esse conhecimento é fundamental para subsidiar o delineamento e a avaliação de políticas públicas que visem à promoção da saúde da população brasileira.
O inquérito por telefone, coordenado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP), foi implantado inicialmente nos municípios de São Paulo, Botucatu, Belém, Florianópolis, Goiânia e Salvador. Será estendido, agora, a todas as outras capitais. O software utiliza um sistema de amostragem para a população adulta com 18 ou mais anos de idade servida por telefone fixo. Foi construído um questionário simplificado para avaliar a alimentação, atividade física e composição corporal, e desenvolvido um programa para registro eletrônico das informações, criação de bancos de dados, cálculo dos indicadores e elaboração de relatórios técnicos.
O questionário é composto por 89 perguntas curtas e simples, abordando temas como características demográficas e sócio-econômicas, características do padrão de alimentação e atividade física, características indicativas da composição corporal, freqüência do consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, auto-avaliação do estado de saúde e referência a diagnóstico médico de hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes. O questionário dura cerca de nove minutos.

Papel das DNCTs – As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) ocupam um papel relevante no quadro de morbi-mortalidade do Brasil e do mundo. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as DCNTs já são responsáveis por 58,5% de todas as mortes e por 45,9% da carga total global de doenças (WHO 2002). No Brasil, apenas as doenças cardiovasculares e as neoplasias respondem por quase metade do total das mortes. Séries históricas da mortalidade disponíveis para as capitais brasileiras indicam que a proporção de mortes por DCNTs aumentou em mais de três vezes entre as décadas de 30 e de 90.
De acordo com estimativas recentes da OMS, fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, excesso de peso, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, baixo consumo de frutas e hortaliças e sedentarismo fazem parte da lista dos catorze fatores de maior relevância para a carga total global de doença.

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