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sexta-feira, agosto 8, 2025

Bolsonaro questiona a Comissão da Verdade que apura crimes da ditadura

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Atualmente cerca de 11 mil pedidos de indenização por anistia aguardam para serem analisados. Entre março e julho o MMFDH indeferiu 1.381 pedidos de reconhecimento de anistiados políticos

Nesta terça-feira, 30, Jair Bolsonaro questionou as descobertas da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e disse que não existem documentos que comprovem crime e que é “balela” a discussão sobre assassinatos cometidos por agentes do regime militar, apurados pela CNV. “Comissão da Verdade? Você acredita em Comissão da Verdade? ”, questionou Bolsonaro.

A CNV foi instalada em maio de 2012 e em 2014 entregou três volumes de relatórios sobre os crimes da ditadura, contendo milhares de documentos, testemunhos de vítimas e familiares, depoimentos de agentes da repressão política, fotografias, vídeos, entre outros, com o objetivo de reparar as vítimas de atos de exceção, ocorridos entre 1946 e 1988.

O presidente da OAB irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente da República explique o que sabe sobre o desaparecimento de seu pai e afirmou que os comentários de Bolsonaro são “inqualificáveis” e que demonstram “mais uma vez traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia”.

Bolsonaro (PSL) é abertamente a favor do regime militar implantado no Brasil entre 1964 e 1985 e chegou a dar ordem para as Forças Armadas comemorarem o aniversário do golpe em 31 de março passado. Desde os primeiros dias de seu governo indicou que negaria pedidos de anistia a familiares e vítimas da ditadura militar.

Nesse governo, a Comissão foi transferida do Ministério da Justiça, onde historicamente esteve vinculada, para o Ministério da Mulher Família e Direitos Humanos e passou a ser presidida por João Henrique Nascimento de Freitas, advogado, com histórico de críticas públicas a decisões da Comissão de Anistia e um dos autores de um pedido de suspensão de pensão aos familiares do ex-militar Carlos Lamarca, que lutou contra o regime militar. Trabalhou com o filho do presidente Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando o atual senador era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Atualmente cerca de 11 mil pedidos de indenização por anistia aguardam para serem analisados. Entre março e julho o MMFDH indeferiu 1.381 pedidos de reconhecimento de anistiados políticos. Representantes da Comissão de Anistia declaram que o órgão está trabalhando na elaboração de mais 900 portarias de indeferimentos.comissão da verdade#DITADURANUNCAMAIS

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