Três dias depois de receber delegados e policiais, o presidente da Câmara Municipal de Campinas, Campos Filho, entregou nesta segunda-feira, dia 2 de setembro, ao secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, um documento com as reivindicações da categoria. Num movimento inédito na cidade, um grupo com aproximadamente 300 delegados e policiais civis de 54 delegacias seccionais do Estado, esteve na Câmara no final da tarde desta quinta-feira, dia 29, pedindo a intervenção do Legislativo no impasse em que se transformou a campanha salarial dos policiais.
O grupo promete entrar em greve contra o que chamou de “precarização das condições de trabalho e as crescentes perdas salariais”. tidades de representação dos delegados reivindicam um aumento mínimo de 86,97% (hoje o salário bruto é de R$ 7.208,00) e a reposição dos postos de trabalho que vêm sendo fechados desde 1994. O déficit, segundo as entidades, é de oito mil policiais. Segundo as entidades, o nível salarial da polícia civil paulista está classificado em 26º lugar entre os 27 Estados brasileiros.
O empobrecimento da corporação tem provocado uma enorme debandada de policiais, que optam por trabalhar em outros Estados ou simplesmente mudam de profissão. Segundo eles, a região de Campinas precisaria ter, no mínimo, mais 300 policiais para atender a demanda. “A Câmara entregou o documento ao secretário e pediu que o governo ao menos abra a possibilidade de negociação das reivindicações”, disse o presidente Campos Filho (DEM). “Nós da Câmara estamos convencido que a Polícia Civil precisa ser fortalecida e isso se faz com reconhecimento, salários melhores e boas condições de trabalho”, acrescentou o presidente.
Na quinta-feira, o grupo foi recebido por Campos Filho e pelo presidente da Comissão de Segurança, da Casa, vereador Tico Costa (PP). Também participaram do encontro, os vereadores Thiago Ferrari (PTB) e Marcos Bernardelli, Luiz Henrique Cirilo e Artur Orsi – todos do PSDB, partido do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.