O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, assinou, durante transmissão ao vivo nesta segunda-feira, dia 3 de agosto, o edital para licitação do projeto do Reservatório de Água Bruta de Campinas, também conhecido como “Nosso Cantareira”. O evento virtual de assinatura contou com a presença do presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo.
A licitação presencial, por meio do recebimento e abertura dos envelopes, está agendada para o dia 6 de outubro, na sede da Sanasa. O edital compreende estudos de viabilidade e alternativas, além de estudos ambientais e projetos básicos e executivos de sistema adutor e do barramento, bem como o seu sistema no Rio Atibaia.
O Decreto nº 20.867 de utilidade pública da área em que será construído o reservatório de água bruta foi publicado no dia 7 de maio de 2020. O documento autoriza a Prefeitura de Campinas a desapropriar os imóveis necessários para a execução da obra.
Localizada no distrito de Sousas, a área de desapropriação possui 3.582.143,12 m² (metros quadrados). O espelho d’água ocupará 1.632.000 m² e terá um volume útil de água de 17.453.000 m³ (metros cúbicos), o que corresponde a 17.453.000.000 de litros. O investimento total será de R$ 379.151.412,73, e o prazo para a conclusão do projeto, incluindo as licenças ambientais, é de 31 meses.
O prefeito Jonas Donizette destacou o aspecto ecológico do projeto. “Teremos o dobro de área de preservação, e o reservatório será uma represa aberta para a prática de esportes náuticos”, afirmou. Jonas disse ainda que, como contrapartida, a Sanasa arcará com a construção de duas novas pontes, sendo uma de entrada e a outra de saída do distrito.
De acordo com o presidente da Sanasa, o “Nosso Cantareira” terá uma autonomia de abastecimento de 70 dias para Campinas. “Este é um projeto histórico”, enfatizou. Além de proporcionar segurança hídrica e independência do Sistema Cantareira, o reservatório vai possibilitar também a redução da captação de água, redução na ocorrência de acidentes, melhoria da qualidade da água e, consequentemente, redução de gastos com insumos.
O reservatório resultará ainda na redução de custos operacionais com a desativação da captação e da Estação de Tratamento de Água do Rio (ETA) Capivari e redução de três conjuntos moto-bombas da captação do Rio Atibaia, gerando uma economia de R$ 13 milhões por ano. A represa também dará a possibilidade de geração de energia, de venda de água tratada para outros municípios e também de integração aos reservatórios de Pedreira e Amparo.