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quinta-feira, novembro 14, 2024

Casos de Sífilis aumentam entre as gestantes

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Doença causa sequelas como perda de visão ou auditiva, podendo levar o bebê à morte
Doença causa sequelas como perda de visão ou auditiva, podendo levar o bebê à morte

Uma doença antiga da história humana, a sífilis tem aumentado assustadoramente, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no último ano, os casos da doença cresceram mais de 30% no geral e 20% entre mulheres gestantes.

Quando acomete gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o bebê e causar sérias sequelas. “É um crescimento assustador que está associado a falta do uso do preservativo”, alerta a médica Érica Mantelli, ginecologista e obstetra, pós-graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).

A sífilis desenvolve-se em estágios, e os sintomas variam conforme cada estágio. A primeira etapa envolve uma ferida indolor na genitália, no reto ou na boca. Após a cura da ferida inicial, a segunda fase é caracterizada por uma erupção cutânea.
Depois, não há sintomas até a fase final, que pode ocorrer anos mais tarde. Essa fase final pode resultar em danos para cérebro, nervos, olhos ou coração.

Sífilis congênita

O uso de preservativos é fundamental para evitar o contágio pela Sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis como a Aids. Quando acomete a gestante, a sífilis pode ser transmitida para o bebê que podem nascer comprometidos e apresentar sequelas pelo resto da vida.

A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, apresenta sintomas nos primeiros dias ou meses de vida: feridas pelo corpo, deficiência auditiva, visual ou mental, dentes deformados e problemas respiratórios como pneumonia e outros. “É muito preocupante que mulheres grávidas estejam acometidas pela sífilis. Além dos riscos de sequelas, a doença pode causar a morte dos bebês”, frisa a dra. Érica.

O diagnóstico da doença é feito com um exame de sangue e o tratamento, com penicilina. “Mas o melhor tratamento ainda continua sendo a prevenção, ou seja, temos que usar camisinha, pois isso pode evitar muito sofrimento”, salienta a médica.

Fonte: Erica Mantelli, ginecologista e obstetra, pós-graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).

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