
O cruzamento da Siqueira Campos com Coronel Alfredo Augusto do Nascimento, no distrito de Sousas vai ganhar um semáforo nas próximas semanas. É o que garantiu técnicos da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas – EMDEC, que estiveram no centro de Sousas, no dia (24) monitorando o trânsito.
De acordo com os técnicos, a implantação de um semáforo é uma decisão que acarreta impactos consideráveis, que podem vir a ser tanto positivos como negativos. “Se instalado corretamente, o semáforo propicia a diminuição do trânsito. Entretanto, se for instalado num local em que sua presença é inadequada, causa aumento no número de paradas, do tempo de espera dos veículos e pedestres, do número de acidentes, além de implicar em gastos desnecessários de instalação, operação e manutenção”, explica.
Os comerciantes do centro discordam da instalação de um semáforo no local. Segundo eles, o trânsito pode piorar, pois se o trânsito parar depois da ponte Adhemar de Barros, o semáforo será desnecessário. “Se o trânsito não fluir lá na frente, o semáforo vai abrir aqui e os motoristas ficarão presos no congestionamento e aí vêm as buzinadas dos motoristas”, disse Nelson Girardi, comerciante do centro.
Já o empresário de uma mercearia, Toninho Labergalini, 60, considera imprudente instalar um semáforo sem antes testar sua eficiência. “Tem dias que isso aqui fica parado às 8h da manhã. Enquanto não liberarem a ponte de Joaquim Egídio, o trânsito vai ficar congestionado”, afirma.
Da mesma opinião é o comerciante de uma loja de peças no centro de Sousas, o Chico, como é conhecido. “Acho que o semáforo não vai resolver nada e pode até piorar. Tem que resolver a ponte de Joaquim Egídio para melhorar aqui”, conclui.
Alguns consideram primordial o estudo da EMDEC para a remoção do abrigo de ônibus instalado nas proximidades dos bancos, depois da ponte. “Quando o ônibus para no ponto, o trânsito fica todo parado, porque não é possível a ultrapassagem”, disse um motorista com comércio instalado próximo ao local.
“Os técnicos da prefeitura precisam estudar uma forma de melhorar a mobilidade da região. Em períodos de grande movimento, os coletivos vindo do bairro do Nova Sousas, Joaquim Egídio e Jardim Botânico, trava, pois não há recuo. Não precisa ser nenhum especialista ou estudioso para ver que o ponto está no lugar errado.”, disse o usuário do transporte público.
Além dos ônibus circulares, no local há grande volume de caminhões, carretas, van escolares, complicando a fluidez do trafego no local. “Se houver uma pequena mudança já vai gerar um impacto positivo no fluxo de veículos”, conclui o usuário.
Em vias de tráfego intenso, o Ponto de Ônibus deve ficar situado fora das faixas de tráfego para não atrapalhar o fluxo dos veículos, além de ter espaço suficiente para a aproximação, parada e saída do ônibus.
Um grupo de moradores do Jardim Botânico se reuniu em busca de soluções, e encaminharam um ofício a Secretaria de Urbanismo solicitando uma solução para o trânsito no centro de Sousas. Entretanto, a solução encontrada pela EMDEC, em resposta ao pedido foi a instalação de um semáforo no centro do distrito.