Recentemente o cruzeiro de Sousas, localizado no Residencial Colinas do Ermitage precisou ser retirado para obras e limpeza do local a pedido da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento). Depois de cinco dias a cruz foi recolocada a pedido dos fiéis, mas o episódio reascendeu uma polêmica, pois os moradores antigos consideram a cruz, que mede cerca de nove metros, como um patrimônio histórico do distrito, símbolo de fé e religiosidade.
Alexandre Nunes, um dos proprietários do terreno onde se encontra a cruz, disse que as madeiras estão cheias de cupins e em um estado de conservação precário, porém jamais foi cogitada sua remoção de maneira definitiva, já que este é um símbolo do distrito.
Porém, para outras pessoas a cruz não tem nenhuma importância ou ainda é desconhecida. A equipe do Jornal Local conversou com moradores do Residencial Colinas do Ermitage, onde o Morro do Cruzeiro está inserido. Alguns sequer sabiam da existência da cruz, dando pouca importância para o objeto, sendo que, para muitos representa a história e a personalidade do distrito.
A história sobre o cruzeiro é de 1954, quando um grupo de moradores do distrito organizou uma procissão pelo morro no dia de Santa Cruz, instalando uma cruz no ponto mais alto para que todos de Sousas pudessem ficar sob a proteção divina. Em 1988 a cruz precisou ser substituída por uma réplica devido a um balão que ao cair no morro, incendiou o objeto.
Antigamente o local atraía muitos fiéis, que inclusive deixavam imagens de santos que haviam sido quebradas ao pé da cruz, devido a um costume religioso que considera desrespeitosa a atitude de jogar as imagens no lixo. Por isso, até hoje é comum encontrar em cruzeiros de cemitérios e de beira de estrada, cacos de imagens de santos.




