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sábado, novembro 15, 2025
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Depois dos juros altos, Campos Neto pretende ‘privatizar’ reservas internacionais

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Não satisfeito em golpear a economia popular sucessivas vezes com as extorsivas taxas de juros praticadas pelo Banco Central (13,75%), o bolsonarista Roberto Campos Neto comete agora um dos mais graves atentados contra o povo brasileiro já vistos na história recente do país. Reafirmando o papel de lacaio do sistema financeiro, Neto revelou o mais novo plano para destruir a soberania nacional: terceirizar a gestão de ativos brasileiros. Em outras palavras, entregar ao capital especulativo estrangeiro as reservas internacionais do Brasil, hoje estimadas em US$ 380 bilhões graças aos governos do PT.

O plano criminoso de promover uma espécie de privatização dos ativos do povo brasileiro foi revelado durante uma entrevista de Neto à BlackRock, a maior empresa americana gestora de fundos do mundo e sem nenhum interesse no desenvolvimento estratégico do Brasil. Segundo a agência Reuters, Neto confirmou ao fundo que a “terceirização” de parte dos ativos para a gestora, que administra trilhões de dólares mundo afora, tem o “objetivo de expandir diferentes classes de ativos na carteira da autarquia”.

“A gente está aberto a essa terceirização, gestão externa vamos dizer… Hoje a grande parte da gestão não é terceirizada, mas a gente está aberto a fazer isso nessa área, principalmente, porque a gente está olhando agora para novas classes de ativos”, confessou Neto, na entrevista veiculada pela BlackRock na quinta-feira (20).

A reação à petulância do capacho do capital financeiro, envolvido até o pescoço em um ataque contra o Brasil tão grave quanto a tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro, veio à altura. “Campos Neto, responsável pelo Brasil ter o maior juro do planeta, agora quer terceirizar ativos do BC”, escreveu a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), pelo Twitter. “É isso, tirar do Estado e deixar ao bel prazer do mercado. E o que acontece com as reservas de U$340 bilhões?”, indagou Gleisi.
“[Ele] não explicou até agora o tal erro contábil de R$1 trilhão no banco e ainda quer entregar o que é do povo?! Tá pedindo pra sair. O Senado tem que agir, já pedimos investigação sobre sua gestão”, cobrou a petista. “Fora Campos Neto!”, exclamou.

Para o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), o ataque ao país é mais um “escândalo vergonhoso” protagonizado por Neto, disposto a entregar os ativos nacionais para uma empresa que administra fundos “abutres”, especializados em expandir as riquezas de multinacionais às custas da miséria de milhões de populações vulneráveis nos países pobres. Uma espécie de grande fábrica de miséria.

Assista à série Banco Central de Bolsonaro: o sabotador da economia

Crime contra o Brasil

“Campos Neto perdeu a vergonha”, espantou-se Farias, em mensagem pelo Twitter. “Essas reservas foram conquistadas com muito suor do nosso país, nos governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff”, lembrou ainda Lindbergh, em vídeo nas redes sociais. “São reservas fundamentais para dar segurança, estabilidade econômica para o país”, justificou o deputado, antes de pedir a saída definitiva de Neto do BC.

“Esse cara tem de ser afastado”, clamou o deputado. “Terceirizar nossas reservas internacionais é um crime, além de tudo o que ele está fazendo com a economia brasileira”, alertou o petista. “Os juros reais estão subindo”, advertiu Lindbergh, ao explicar que o forte recuo da inflação provoca um aumento constante da taxa de juros real no país.

Reservas voltaram a subir com Lula

A investida de Neto contra o Brasil ocorre no momento em que o governo Lula restaura a saúde financeira do país, após a catástrofe provocada pela dupla Guedes-Bolsonaro nos últimos quatro anos, inclusive com queima das reservas internacionais.

Em seis meses de governo, Lula já aumentou os ativos em cerca de US$ 22,7 bilhões, uma alta de 7% em relação ao final de 2022, segundo informações do colunista Lauro Jardim. Com Bolsonaro e Paulo Guedes, ocorreu o contrário: durante a “gestão” de Bolsonaro, a dupla torrou US$ 65,8 bilhões no projeto de destruição do Estado nacional, cujo único recorde foi um saldo de 33 milhões de famintos.

“Com Lula, as reservas internacionais cresceram a uma média diária de US$ 113,6 milhões, enquanto que nos 1.460 dias do (des)governo Bolsonaro, a média de saída de recursos foi de US$ 45,073 milhões por dia”, tuítou o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), após a eclosão do escândalo.

Correia é enfático ao defender o afastamento imediato de Neto, um dos maiores traidores nacionais da história republicana. “O Senado tem tudo agora para destituir este quinta coluna”, afirmou o deputado, para quem Campos Neto não passa de um “pilantra”.

Da Redação, com 247

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