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terça-feira, novembro 25, 2025
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Derrite e governador Tarcísio de Freitas são criticados por avalizar condutas extremistas nos batalhões da PM ligados a simbologia à Ku Klux Klan

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Ideologia bolsonarista toma conta da Polícia Militar de São Paulo, aponta reportagem do Intercept Brasil

A Polícia Militar de São Paulo tem sido alvo de críticas por manifestações ideológicas extremistas entre integrantes da corporação, segundo reportagem publicada nesta semana pelo site Intercept Brasil. O Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP), em São José do Rio Preto, divulgou vídeo com policiais diante de uma cruz em chamas, fazendo a saudação romana, símbolos que remetem à iconografia nazista e à Ku Klux Klan.

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O episódio reacendeu debates sobre a influência do bolsonarismo na corporação. O secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foram citados como endossando, direta ou indiretamente, uma cultura de violência e extrema direita dentro da PM paulista.

Antes de se tornar secretário, Derrite era um policial militar que dizia que não ter pelo menos três mortes no currículo seria motivo de vergonha para qualquer policial. Foto Marcelo S.Camargo/Governo de SP

Embora a violência policial não seja novidade no Brasil, especialistas apontam que o bolsonarismo trouxe um verniz de legitimidade à brutalidade, incentivando ações contra pobres e negros, sobretudo em batalhões de elite. O vídeo do BAEP foi apagado após repercussão e a Secretaria de Segurança emitiu nota afirmando que repudia “toda e qualquer manifestação de intolerância” e que o caso será apurado.

Analistas destacam que o episódio não é isolado. Treinamentos e rituais de batalhões de elite historicamente incorporam cantos e gritos de guerra que pregam violência, e a proximidade de políticos bolsonaristas com a PM tem reforçado essa cultura. A reportagem do Intercept relembra casos de outros membros do governo Bolsonaro que fizeram uso explícito de simbologia nazista, como o ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, além do reconhecimento público de afinidade ideológica por líderes da Ku Klux Klan.

Ainda segundo a publicação, a polícia bolsonarista se organiza politicamente, pressionando integrantes a apoiar candidatos de extrema direita e originando candidatos a cargos eletivos dentro do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O efeito, afirmam especialistas, é a consolidação de uma mentalidade ideológica que incentiva o uso da violência e a naturalização da matança como método de controle social.

A reportagem lembra, porém, que outros estados, mesmo sob governos progressistas, também enfrentam problemas semelhantes de letalidade policial, como a Bahia, evidenciando que a violência institucional não é restrita a governos bolsonaristas, mas que seu endosso amplia comportamentos extremos.

PM como instrumento ideológico
Especialistas alertam que o alinhamento ideológico da PM com partidos de extrema direita cria um ambiente de permissividade para abusos e ataques a civis, enquanto minora o espaço de policiais que não compartilham a ideologia dominante, reforçando a sensação de impunidade e a militarização da política.

Histórico Policial:

  • Foi afastado da Rota, unidade de elite da PM de São Paulo.
  • Preso pela Corregedoria da PM por suspeitas de abuso de autoridade.
  • Investigado por envolvimento em 16 homicídios em operações conjuntas.
  • Acusado de integrar grupo de extermínio.

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