Locais das trilhas de Joaquim Egídio são ambientes preferidos dos mosquistos transmissores.
Felipe Bongiovanni e Marcela Feriani
Conforme publicado em edições anteriores pelo Jornal Local, foram registrados quatro casos de Leishimaniose no Residencial Colinas do Ermitage, há uma nova suspeita de área de risco no distrito de Sousas e Joaquim Egídio.
As famosas trilhas de caminhada do distrito são consideradas área de risco para contaminação da doença.
O Professor Doutor Carlos Fernando S. Andrade do Departamento de Biologia Animal da Unicamp, afirma que o ambiente das trilhas é extremamente propício para a proliferação da doença. “Um local úmido, com muito mato é o ambiente preferido do moquisto-palha (transmissor da doença), é o que acontece nos locais das trilhas, é caracterizado uma área de risco”,completa o professor.
De acordo com Dr.Carlos Fernando, os mosquitos agem no amanhecer e ao entardecer, horários que o sol não está tão forte, que é também o preferidos dos praticantes das caminhadas.
Segundo o professor, os casos da doença no Ermitage aconteceram por causa do condomínio ser encostado na mata, ou seja, seus moradores estavam muito expostos ao mosquito.
Palestras
Para uma maior conscientização da população, a associação dos Moradores do Residencial Colinas do Ermitage realizou, nos dias três e quatro de março, um ciclo de palestras sobre a Leishmaniose Visceral Americana, no salão da Subprefeitura de Joaquim Egídio.
O primeiro dia foi direcionado aos moradores de Sousas e de Joaquim Egídio. Ás 19 horas houve uma palestra sobre o Ciclo da Doença, ministrada pelo médico veterinário André A. Cutolo. André atua em diagnóstico de leishmaniose, ecologia de flebotomíneos, leishmaniose visceral canina, parasitologia geral e zoonoses infecto-parasitárias.
Posteriormente foi discutido o primeiro caso em Campinas e as ações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) em Sousas. O palestrante responsável, Douglas Presortto é o médico veterinário Douglas Presortto, que é Coordenador Técnico do CCZ em Campinas.
O segundo dia foi dedicado aos médicos veterinários e donos de cães.Foi discutido o atendimento clínico dos animais durante a epidemia de Leishmaniose em Andradina-SP, tendo como palestrante o Prof. Dr. Fábio dos Santos Nogueira, que atua no atendimento clínico de animais com leishmaniose visceral em áreas epidêmicas. Houve, também, a apresentação de produtos de prevenção à doença, como a coleira de deltametrina.
Os dois dias de evento foram encerrados com espaço aberto para discussão e levantamento de dúvidas sobre o assunto.
