19.9 C
Campinas
sexta-feira, novembro 22, 2024

Distritos entram na rota da Coleta Mecanizada de Lixo

Data:

coleta mecanizada

 

Ainda não há previsão para a implantação da coleta mecanizada em Sousas e Joaquim Egídio que hoje é feita pelo método manual de coleta de lixo. Segundo informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Campinas, a decisão ainda não está tomada, pois a proposta será discutida primeiramente com as comunidades locais para que o veredicto seja firmado.

A Administração deixará de pagar R$ 114 pela tonelada coletada por dia de lixo ao Consórcio Renova Ambiental e passará a desembolsar R$ 85 pelo serviço — que precisa de menos trabalhadores para operar. A economia será de aproximadamente R$ 1,130 milhão por mês quando o sistema funcionar em toda a cidade.

O sistema é o mesmo que foi rejeitado pelos moradores de Barão Geraldo, que se posicionaram contrários inicialmente pela falta de informação e transparência do poder público. Segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella foram realizadas duas audiências públicas no ano passado e 90% da população aderiu ao sistema. Fato contestado pelos baronenses em reunião com representantes da Secretaria de Serviços Públicos no dia 14 de maio. A indignação resultou em dois ofícios, protocolados na Prefeitura e Câmara Municipal, pedindo a retirada dos containers e informando o boicote dos moradores ao sistema. Eles alegaram vários pontos contra o novo procedimento como, a distância das casas do local que o container for instalado; o fato de o sistema não contemplar os recicláveis, e até mesmo a segurança de caminhar até o local.

Segundo Renato César Pereira, representante do Orçamento Participativo da Cidade Universitária e morador do bairro, vários vândalos queimaram os containers na cidade de Itu – que já aderiu ao processo de coleta mecanizada – e a higienização será a cada 30 dias em 340 unidades que foram colocadas na Cidade Universitária, limpeza que não será suficiente para a quantidade de lixo que se é produzido por dia.

A especialista em resíduos sólidos e professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eglé Novaes Teixeira afirmou que seria mais prático fazer a instalação conjunta do sistema de recolhimento de resíduo comum e reciclável. “Já que a Prefeitura está mudando, nada impede que ela coloque também um container no bairro para a coleta seletiva. Seria uma forma de ampliar o reaproveitamento do lixo na cidade, que hoje é mínimo”, explicou.

No Cambuí os debates estão marcados para acontecer em agosto, e somente após essa análise, é que o projeto segue para discussão nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio.

Hoje a empresa que faz a coleta é a Renova Ambiental, e segundo informações da comunicação da Prefeitura de Campinas, esse novo procedimento não irá reduzir o número de funcionários das empresas, que são terceirizadas.

Segundo comerciante do Centro de Sousas, os containers não serão viáveis, pois irão acumular o lixo. Um morador relata que para dar certo precisa ter uma coleta mais regular do que acontece hoje, pois deixar o lixo parado dentro do container será fácil ter a proliferação de insetos e baratas. Além de que as pessoas terão que cainhar até o local com o lixo na mão, para depositá-los onde eles forem colocados. “Sousas não tem espaço apropriado para isso”.

A containerização tem o objetivo de fazer com que o lixo orgânico não fique nas calçadas, em sacos plásticos, exposto à chuva e aos animais, pois eles podem se espalhar e sujar as ruas, causando entupimento de bueiros. O projeto busca minimizar o mau cheiro e a proliferação de insetos, pois a questão sanitária é o primeiro objetivo desse novo modelo. “Campinas não será a primeira cidade a receber o sistema, outras cidades do interior paulista já adotaram esse procedimento, e contou com a aprovação da sociedade. Fora do país, cidades como Londres, já utiliza esse sistema há décadas”, informa Denize Assis, coordenadora de comunicação da Prefeitura de Campinas.

Muitas vantagens nesse novo projeto é destacado pela Prefeitura de Campinas, melhorias na implementação poderão ser notadas, caso seja aprovado. “Com a coleta mecanizada, os funcionários não têm mais contato com o lixo e nem precisam correr atrás do caminhão.

Nesse sistema, o cidadão pode depositar o lixo orgânico no contêiner que estiver mais próximo a sua casa. Cada quadra, no mínimo, terá dois equipamentos e pode chegar a ser instalado até quatro, isso tudo dependerá da complexidade. Por exemplo, uma rua que tenha maior número de restaurantes e bares terá maior número de contêineres”, relata Denize.

Referente à taxa de IPTU, que uma porcentagem é referente a coleta de lixo, é calculada conforme característica do imóvel, e não terá alteração no valor, sendo o projeto aprovado ou não.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe esse Artigo:

spot_imgspot_img

Últimas Notícias

Artigos Relacionados
Relacionados

Saúde entrega para unidades básicas vacina contra Covid-19

A Secretaria de Saúde de Campinas iniciou nesta quarta-feira,...

Bem-Estar Animal realiza 2ª feira de adoção de cães e gatos na Lagoa do Taquaral

Evento ocorre no próximo domingo, 23, no portão 1...

Três linhas de ônibus terão trajetos alterados a partir de segunda, 27

Os usuários do transporte público coletivo que utilizam as...

MPSP obtém liminar para que Campinas elabore planos de manejo para três unidades de conservação

No dia 14 de novembro, a Promotoria de Justiça...
Open chat
Quer anunciar ligue (19) 99318-9811
Redação (19) 99253-6363