O Exército egípcio anunciou que encontrou hoje (20) destroços do avião e objetos pessoais de passageiros do voo Paris-Cairo, da EgyptAir, que caiu nessa quinta-feira no Mediterrâneo com 66 pessoas.
“Aviões e navios do Exército encontraram objetos pessoais dos passageiros e destroços do aparelho a 290 quilômetros ao norte de Alexandria”, informa o Exército, em comunicado.
“As buscas prosseguem e estamos retirando da água tudo o que encontramos”, acrescenta o comunicado.
O avião, que fazia o voo MS804, caiu no mar na madrugada de ontem entre as ilhas do Sul da Grécia e a Costa Norte do Egito por razões ainda desconhecidas.
O presidente egípcio, Abdel Fattah Al Sisi, anunciou nessa quinta-feira à noite a intensificação das operações de busca, após anúncios contraditórios sobre a localização de outros destroços.
A equipe de buscas egípcia trabalha em colaboração com a Grécia, França, o Reino Unido, Chipre e a Itália.
Ontem, as autoridades gregas e egípcias confirmaram a descoberta de destroços do aparelho, o que foi desmentido em seguida.
As mesmas autoridades consideraram ainda remota a possibilidade de haver sobreviventes, o que foi reiterado tanto pela companhia aérea egípcia, quanto pelos governos egípcio e francês, que enviaram condolências aos parentes das vítimas.
No avião, viajavam 56 passageiros, entre eles um português, 30 egípcios e 15 franceses, além de sete tripulantes e três seguranças.
Até agora, sabe-se apenas que o Airbus A-320 da EgyptAir desapareceu dos radares e perdeu muita altura no espaço aéreo egípcio, fazendo duas voltas bruscas enquanto caía de cerca de 37 mil pés para cerca de 15 mil.
As causas do acidente são desconhecidas e todas as hipóteses estão em aberto. A possibilidade de um atentado terrorista está sendo considerada, apesar de nenhum grupo terrorista ter reivindicado até agora, a autoria do acidente.
Salah Abdeslam fica em silêncio diante de juízes franceses
O advogado Frank Berton, um dos advogados do extremista islâmico Salah Abdeslan, informou que seu cliente não quis se pronunciar no depoimento de hoje (20) e que irá fazê-lo mais tarde. A informação foi dada à agência de notícias France Presse.
O integrante do comando radical muçulmano que atacou Paris no dia 13 de novembro chegou cedo ao Palácio da Justiça para ser ouvido pelos juízes de instrução, no primeiro interrogatório após as investigações dos ataques que mataram 130 pessoas.
“Salah Abdeslam usou o seu direito ao silêncio, recusando-se a responder às perguntas do juiz”, disse o procurador de Paris.
“Também não quis especificar as razões que o levaram a fazer o uso do seu direito ao silêncio. Recusou-se a confirmar, do mesmo modo, as declarações que havia feito anteriormente à polícia e ao juiz de instrução belga”, acrescentou.
“Ele [Salah Abdeslam] quis exercer o direito ao silêncio, devemos dar-lhe tempo”, disse Frank Berton.
O advogado do acusado lamentou que o seu cliente esteja numa cela da prisão de Fleury-Merogis, em Paris, sob vídeovigilância permanente. “Sente-se vigiado as 24 horas do dia, isso não o deixa em boas condições”, acrescentou.
O advogado disse ainda que pretende conversar sobre o assunto com o ministro da Justiça francês.




