Campinas é mais uma das cidades do Estado que ainda não receberam a vacina pentavalente. Considerada de suma importância para o primeiro ano de vida do bebê, a vacina garante imunidade contra as seguinte doenças: tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e meningite. De acordo com a Prefeitura de Campinas, as doses estão em falta na rede municipal desde o final de maio.
As vacinas devem ser tomadas pelos bebês em três oportunidades: aos dois, quatro e seis meses de vida. Em falta na rede pública de Campinas, muitos pais tem recorrido às cidades na região para buscar a imunização. Outros cidades do Estado, como Itapetininga, Tatuí e Cerquilho também sofrem com a falta.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, a responsabilidade de fornecer as doses pertence ao Ministério da Saúde. “A vacina pentavalente é fornecida pelo Ministério da Saúde. As doses são enviadas para os estados, que encaminham aos seus municípios. Até o momento, Campinas não recebeu a vacina.”
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por sua vez, também alegou em nota que a responsabilidade é do Ministério da Saúde e que “o envio das doses da pentavalente tem ocorrido com irregularidade e em quantidades insuficientes para a demanda mensal. O Centro de Vigilância Epidemiológica está equacionando a distribuição do quantitativo nas doses regionais e aguarda o envio de mais doses pelo governo federal para abastecer devidamente o território paulista.”
Ainda segundo os dados da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, desde abril o Estado não recebeu nenhuma dose da vacina pentavalente e a necessidade é de 200 mil doses por mês, em média. Somente na segunda-feira foi recebida uma remessa de 62 mil doses, quantidade aquém do consumo mensal e insuficiente para atender a demanda referente aos últimos três meses.
Pediatra homeopata na rede particular de Campinas, Célia Tavares destacou os riscos para os bebês que não tomarem as doses da vacina. “É uma vacina muito importante, pois se tratam de doenças bem graves e é muito preocupante caso não tomem, porque se eles tiverem contato com alguém que tenha essas doenças, podem acabar contraindo”, explicou.
Com a pentavalente em falta, a outra opção de vacina é a hexavalente acelular, que protege contra as cinco doenças e também contra a poliomielite. Ela, porém, só é fornecida na rede particular e com o valor aproximado de R$ 350,00. Com a alta procura, por conta da ausência da pentavalente, a vacina também está em falta. “Nas clínicas particulares a hexavalente também está faltando, é uma situação que preocupa, porque são vacinas fundamentais”, concluiu Célia Tavares.