Além das atrações históricas e das belezas naturais, seus próprios cidadãos ou quem visita a Estância Turística de Salto, não deixa de apreciar os vários sabores do tradicional quitute que é o bem cultural imaterial da cidade: A EMPADA FRITA. Em agosto de 2007, a empada frita foi declarada um bem cultural de Salto por meio de decreto municipal.
Por se tratar de uma tradição culinária tipicamente saltense criada na década de 1940, a receita da EMPADA FRITA foi passando de geração em geração – de empadeiras para suas aprendizes – que se dedicavam ao preparo da empada e utilizam basicamente os mesmos ingredientes. No intuito de preservar essa tradição, preservando a tradição desse quitute.
A data de origem do aparecimento da receita da empada frita de Salto permanece incerta. O que se sabe é que uma das mais conhecidas precursoras no seu preparo foi Diamantina Andriolli, mais conhecida como Dona Nena. Pesquisas indicam que na década de 1940, empadeiras preparavam esses quitutes, muito apreciados na época, que eram então vendidas nas ruas da cidade por meninos que as levavam ainda quentes em cestos de vime cobertos por guardanapos de tecido. Por mais de meio século desenvolveu-se o hábito de abastecer os bares e lanchonetes do município com as empadas fritas. O quitute também está presente nos dias atuais na maioria das festas e eventos realizados na região em tamanho menor.
É necessário ressaltar que mesmo sendo declarada como um bem cultural imaterial em 2007, de lá para cá nada mais foi feito para que o quitute, de fato, fosse conhecido fora das fronteiras da cidade.
Dessa forma, um dos objetivos do FESTIVAL EMPADA FRITA é o resgate da importância desse quitute para a história da cidade. As antigas empadeiras estão se tornando raras, pois de 2007 até hoje nenhuma ação de fomento com cursos e workshops foram oferecidos pelo poder público. Outro objetivo secundário que é oferecer qualificação para novas empadeiras fortalecendo dessa forma a geração de renda na cidade. Para tanto, a Bravo Cultural está em contato com o SENAC Salto.
O local escolhido para o festival será a praça Archimedes Lammoglia, no centro velho da cidade:
Na parte plana da praça Archimedes Lammoglia serão dispostas barracas, estações de venda e tendas para a comercialização não só de EMPADA FRITA, mas também de outros quitutes da gastronomia de rua. Serão perto de 30 operações entre chopp artesanal, empadas fritas e outros quitutes salgados e doces, Sanduíches de pernil e linguiça caipira, torresmo de rolo, comidas típicas e queijos e doces da região. Ao todo somam-se 35 operações de comidas e bebidas
Teremos quatro operações distintas (barracas de 4m x 4m) oferecendo empadas fritas, com ao menos 28 tipos diferentes de deliciosos recheios. Ao longo da praça Archimedes Lammoglia, haverá ainda uma área destinada à brinquedos eletrônicos e infláveis para o divertimento da criançada. Para completar, quatro tendas de 10 metros por 10 metros formam a praça de alimentação com mesas plásticas e cadeiras, acomodando dessa forma o público interessado, completariam o projeto conforme croqui abaixo:
Durante os seis dias de evento, 12 ATRAÇÕES MUSICAIS dos mais variados estilos musicais estarão se apresentando no palco do Pavilhão das Artes para uma plateia (confortavelmente sentadas) de 2 mil lugares. Dentre algumas das atrações já confirmadas estão Molina’s Credence Brasil (Tributo ao Credence Clearwatter Revival); Curupira Groove; Calango Brabo; Moutonnée Rock; Mamonas Assassinas Cover Brasil; Red Rock; Michele Alves & Banda, Kamikase; entre outras atrações musicais.
O patrimônio cultural é de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas. A Constituição Brasileira expressa a preocupação com o patrimônio cultural do país em vários artigos, incumbindo os poderes públicos de zelar pela preservação desses bens.
Desde sua declaração como um bem cultural imaterial em 2011, NÃO HOUVE NENHUM TIPO FOMENTO OFICIAL PARA A DIVULGAÇÃO DA EMPADA FRITA como um símbolo gastronômico de nossa cidade.