Sem nenhum tipo de controle das plataformas digitais, as fraudes virtuais atingiram um novo patamar no Brasil: estelionatários agora estão usando e-mails patrocinados — pagos a plataformas como o Google — para espalhar armadilhas e enganar usuários. A estratégia torna os golpes mais sofisticados e aumenta o risco para quem recebe mensagens aparentemente legítimas em sua caixa de entrada.
Especialistas em segurança digital alertam que criminosos estão se aproveitando das ferramentas de marketing digital para enviar mensagens disfarçadas de ofertas ou notificações oficiais, usando e-mails patrocinados para burlar filtros de spam. A prática aumenta as chances de engajamento, pois os e-mails pagos têm mais credibilidade aparente.
Esses golpes podem incluir links para sites falsos, formulários de cadastro para roubar dados bancários, senhas e documentos, além de redirecionar vítimas para páginas de phishing. Em muitos casos, os fraudadores se passam por bancos, operadoras de cartão de crédito ou empresas conhecidas para enganar os usuários mais desatentos.
De acordo com especialistas, as plataformas de anúncios — como o Google Ads — têm políticas rígidas para coibir abusos, mas golpistas driblam os filtros usando documentos e sites temporários, que desaparecem em poucos dias após o golpe.
Crescimento preocupante
Segundo levantamento da PSafe, empresa de cibersegurança, o Brasil registra mais de 1,2 milhão de tentativas de phishing por dia. O uso de e-mails patrocinados amplia o alcance desses golpes e exige atenção redobrada do público.
Como se proteger
Para não cair em armadilhas, especialistas orientam:
- Desconfie de e-mails que pedem dados pessoais ou bancários;
- Verifique o remetente e o endereço de e-mail real;
- Nunca clique em links suspeitos ou faça downloads de anexos sem confirmar a fonte;
- Em caso de dúvida, entre em contato diretamente com a empresa que supostamente enviou o e-mail;
- Mantenha antivírus e filtros de spam atualizados.
O que dizem as plataformas
Em nota, o Google informou que investe continuamente em filtros automáticos, revisões manuais e políticas de verificação de anunciantes para impedir golpes, mas recomenda que usuários denunciem imediatamente anúncios ou e-mails suspeitos.