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terça-feira, dezembro 16, 2025
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Gravuras de Matisse e Portinari são levadas em ataque à Biblioteca Mário de Andrade

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Criminosos retiram obras pela porta principal após render vigilante

A Biblioteca Mário de Andrade, no Centro Histórico de São Paulo, foi alvo de um furto na manhã deste domingo (7). Duas pessoas levaram obras raras que estavam expostas e saíram pela porta principal após renderem uma funcionária e um casal de idosos que visitava o espaço.

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Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os ladrões exigiram documentos e recolheram ao menos oito quadros em uma sacola de lona. Eles subiram até a área da cúpula de vidro, onde estavam as peças da mostra “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”. Em seguida, fugiram pela rua sem chamar atenção.

As gravuras roubadas incluem oito peças de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari, estas da série “Menino de Engenho”. As obras pertenciam ao acervo da exposição, que reunia raridades literárias e artísticas ligadas à formação cultural da cidade. Vigilantes correram para pedir ajuda a policiais que patrulhavam a região, mas os suspeitos não foram localizados.

Mercado clandestino de arte: destino provável e rota usada em crimes semelhantes. Foto Reprodução

Câmeras flagraram a rota dos suspeitos

Imagens de segurança mostram uma van azul estacionando na Rua João Adolfo às 10h43. Dois homens descem do veículo, caminham até a biblioteca e retornam um minuto depois. Um deles carrega duas obras retiradas da van; o outro também sai com papéis nas mãos.

As gravações mostram ainda que três telas foram encostadas contra um muro no cruzamento com a Rua Alfredo Gagliotti. O homem de camiseta clara atravessa a rua correndo logo após deixar as peças no chão. Não há registro de quem recolheu o material em seguida, levantando a hipótese de participação de um terceiro envolvido ou de coleta posterior.

O padrão visto no ataque à Biblioteca Mário de Andrade sugere que as gravuras podem ser negociadas sem passar por leilões, por meio de acerto direto, com valores inferiores ao mercado formal.. Foto Reprodução

Obras deixadas na rua levantam suspeita de negociação prévia

A cena incomum de telas sendo abandonadas em via pública, por poucos segundos, sugere que o crime pode ter contado com apoio externo e possível comprador previamente definido. A estratégia indica que a retirada das obras estaria sincronizada com alguém encarregado de recolhê-las, evitando com que os ladrões carregassem peças chamativas na fuga.

O grupo utilizou uma van sem placas visíveis nas imagens divulgadas. A exposição reúne peças de alto valor de mercado, o que reforça a possibilidade de encomenda direta e atuação de quadrilhas especializadas em arte. O caso foi registrado pelo 2º DP e será apurado pela unidade Cerco, responsável por crimes de maior complexidade. Até a noite de domingo, nenhum suspeito havia sido identificado e as obras permaneciam desaparecidas.

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