O Ministério Público Federal encaminhou representações pedindo a abertura de investigações sobre 14 obras da construtora Camargo Corrêa para apurar o suposto pagamento de propinas, sendo que um das obras foi feita para a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), sendo possível o envolvimento do secretário de planejamento, Alair Godoy e do diretor técnico da Sanasa. Também estariam envolvidas diversas autoridades do governo federal, paulista e municipal de São Paulo, tanto do Executivo como do Legislativo.
Em nota oficial, a Prefeitura divulgou em seu site, que as investigações solicitadas pelo Ministério Público Federal (MPF), diziam respeito ao período entre 1995 e 1998, quando a administração era outra. Porém vereadores criticam a posição da Prefeitura, alegando que não há evidências nas informações disponibilizadas pelo ministério de que a investigação diga respeito ao período citado.
Em nota oficial, a empreiteira Camargo Corrêa informou que tomou conhecimento dos pedidos de informação pelo site do Ministério Público: “Mais uma vez, nos vemos alvo de acusações públicas sem que tenhamos tido acesso às informações que lhes deram origem e que fazem parte de processo judicial que corre em segredo de Justiça. Ressaltamos que, neste mesmo processo, houve denúncias divulgadas precipitadamente à imprensa que se mostraram infundadas. A Camargo Corrêa está convicta da licitude da sua conduta e espera ter acesso a essas informações para que possa fazer sua defesa, direito que constitui base fundamental de um Estado democrático”.
A Sanasa ainda não foi notificada oficialmente e aguarda a o encaminhamento do MPF para poder se esclarecer sobre o assunto, já que segundo a própria empresa “por enquanto tudo é suposição”.