A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (22) mais uma fase da Operação Lava Jato. Os policiais estão cumprindo mandados em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Salvador. Cerca de 300 policiais federais cumprem 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.
Os mandados são cumpridos nos estados da Bahia (Salvador e Camaçari), Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba e São Paulo capital, Campinas e Poá.
O objetivo das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares, a partir de representação da autoridade policial, relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas; um operador de propina no âmbito da Petrobras; e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores já identificados no exterior em valores que ultrapassam US$ 7 milhões.
Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.
A 23ª Fase da Operação Lava Jato foi denominada Acarajé, em alusão ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie.
Será concedida entrevista coletiva às 10h no auditório da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Publicitário, que está no exterior, trabalhou em campanhas de Dilma e Lula
Santana ainda não foi preso. Segundo a assessoria dele, o publicitário está na República Dominicana. Também foi decretada a prisão da mulher dele, Monica Moura.
Investigadores rastrearam supostos pagamentos ilegais no exterior em conta secreta de João Santana provenientes da Odebrecht e do engenheiro Zwi Skornicki. A suspeita é que o pagamento veio de serviços eleitorais prestados ao PT.
Esta etapa da Lava Jato é chamada de Operação Acarajé, que era o nome usado pelos investigados para se referir ao dinheiro irregular, segundo a PF.
Skornicki foi preso preventivamente nesta manhã no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, ele era o representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels e operava propinas no esquema da Petrobras investigado pela Lava Jato.