A nova denúncia da Folha de São Paulo constrangeu o governo e
causou um desconforto na bancada do partido na Câmara. O jornal informa que o
presidente do PSL, Luciano Bivar é suspeito de uso de laranjas
pelo PSL nas eleições para deputado. Uma candidatura de fachada à Câmara
Federal, a de Lourdes dos Anjos (PSL-PE), recebeu R$ 400 mil do fundo
partidário e teve apenas 274 votos.
Segundo a Folha, Gustavo Bebianno – que presidia o PSL na
campanha e é o atual secretário-geral da Presidência – tentou falar com
Bolsonaro pelo telefone neste domingo. Não foi atendido.
Aliados do governo também estão preocupados com a ação de
Eduardo e Flávio Bolsonaro no Congresso. O primeiro é deputado federal eleito
por São Paulo. O segundo é senador pelo Rio de Janeiro. Mas qualquer ação deles
não ressoa apenas entre congressistas.
Reportagem do jornal O Globo deste domingo mostra restrições
feitas por parlamentares da base governista e ministros a iniciativas dos
filhos do presidente. Conforme a matéria, eles foram advertidos a serem
cuidadosos, porque tudo o que fazem será indefectivelmente associado ao governo
Bolsonaro.
Tamanho burburinho na base, com uma manifestação de fogo
amigo atrás da outra, pode ter sido o pretexto para Bolsonaro apelar. Neste
domingo, nas redes sociais, ele chamou de “ato terrorista” o atentado contra
sua vida praticado em 6 de setembro de 2018, durante a campanha eleitoral.
Num vídeo gravado no hospital e postado em suas redes, ele
cobrou à Polícia Federal que “nas próximas semanas” conclua as investigações e
aponte “o responsável” – ou os responsáveis – por ordenar o crime a Adélio
Bispo. Antes mesmo da conclusão do inquérito, portanto, o presidente afirma que
houve um mandante, depois de, novamente, associar o autor da facada ao PSOL,
partido ao qual foi filiado.
Bolsonaro disse que o crime “não pode ficar impune”, embora
Adélio já esteja preso desde a facada. Talvez o presidente precise de mais
manobras retóricas para mudar a pauta de um noticiário cada vez mais negativo
sobre seu governo e sua família.
Mais uma grave denúncia envolve o PSL, partido do presidente Bolsonaro
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