O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (PT-RS), relembrou a farsa montada e a injustiça cometida contra o presidente Lula e pregou uma reação política diante da sua inocência já comprovada pelas decisões judiciais
O livro “Memorial da Verdade: por que Lula é inocente e por que tentaram destruir o maior líder do Brasil”, organizado pelo Partido dos Trabalhadores e produzido pelo jornalista e escritor Ricardo Amaral, foi lançado nesta quarta-feira (22) no Salão Nobre do Congresso.
Para além de livro e de plataforma, a obra é considerada um documento multimídia que demarca a luta pela volta do Estado de Direito no Brasil, de forma a evitar que o episódio de perseguição, condenação ilegal e prisão de Lula volte a acontecer com uma liderança política progressista no Brasil.
O ato de lançamento contou com a participação de parlamentares do PT e de partidos de esquerda, além de lideranças políticas e representantes de diversas entidades e organizações populares. Por vídeoconferência, o presidente Lula também participou do lançamento do “Memorial da Verdade” no Congresso.
Vencer o debate político
A presidenta do PT, deputada federal (PR) Gleisi Hoffmann, que fez a abertura do lançamento do livro, reafirmou que o Memorial da Verdade comprova a inocência de Lula e lembrou que antes mesmo de a justiça falar sobre as ações, todas elas muito influenciadas pelo Ministério Público e baseada em delações premiadas e matérias jornalísticas, o ex-presidente já havia sofrido uma condenação por parte da mídia hegemônica, das elites e de grande parte do judiciário do país.
“O fato é que o Lula ficou preso por 580 dias, mas a verdade é um barco que balança, mas não afunda, ele chega no seu rumo. E é isso que nós mostramos neste livro. Aqui nós falamos das 20 ações que foram ajuizadas contra o presidente Lula, de cada uma delas, o que eles alegavam, a falta de provas e a decisão judicial a respeito delas. Das 20 ações, em 19 o Lula venceu”, destacou ela.
“A verdade que hoje ele é um homem livre e inocente, não tem nenhuma sentença penal transitada em julgado contra o presidente Lula. Falta uma aqui na Justiça Federal de Brasília que não tenho dúvida irá seguir o mesmo caminho das outras. Então, para nós, é muito importante fazer este debate na sociedade brasileira, porque nós vencemos judicialmente e, agora, temos que vencer politicamente”, enfatizou Gleisi.
O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (PT-RS), relembrou a farsa montada e a injustiça cometida contra o presidente Lula e pregou uma reação política diante da sua inocência já comprovada pelas decisões judiciais
“Contra esta farsa política, jurídica e midiática, nós precisamos reagir. E a melhor forma de reagirmos é com este trabalho organizado pelo Ricardo Amaral, com as manifestações das lideranças que temos aqui, na programação das bancadas dos nossos deputados e senadores, além das entidades que montaram os comitês Lula Livre e lá estiveram por 580 dias consecutivos. Toda essa história nós precisamos debater no Brasil, contra esta farsa e esta injustiça feitas contra o Lula e a esquerda”, afirmou.
Também por vídeo, o advogado Cristiano Zanin, da equipe da defesa do presidente Lula, participou do lançamento da obra.
Perseguição política e midiática
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), que representou a bancada do PT no Senado, enfatizou as motivações que levaram Lula a ser perseguido, preso e sacado das eleições de 2018. Segundo ele, Lula representou não só a chegada do povo ao poder, mas um novo paradigma do Brasil frente ao mundo.
Em sua fala, Rogério Carvalho ainda destacou avanços como a inclusão social, o crescimento econômico do país, que chegou a figurar como a sexta maior economia do mundo, e a geração recorde de emprego e renda. Essas conquistas, assim como a implantação de uma política petrolífera voltada aos interesses nacionais e a construção de novas pontes na economia mundial, atraíram fortes reações, observou o senador. “Éramos de fato uma grande nação ameaçadora aos interesses do mundo corporativo, que queria impedir a explosão desse gigante ou ter para si as riquezas desse gigante”, afirmou Rogério.
Durante a sua exposição no ato de lançamento, o jornalista Ricardo Amaral observou que quando o livro foi impresso em sua primeira edição ainda não havia saído a sentença que absolveu Lula do 19º processo. Essa e outras atualizações devem sair nas próximas edições.
Amaral lembrou ainda que somente entre janeiro e agosto de 2016 foram 13 horas de matérias negativas levadas ao ar pelo telejornal de maior audiência no país; nenhuma matéria era positiva. No ano anterior, os três maiores jornais em circulação publicaram 693 editoriais contra Lula, e, com a mesma tônica, foram 55 capas das três maiores revistas semanais. “Isso não aconteceu de graça”, destacou o autor.
Da Redação, com PT no Senado e PT na Câmara