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sexta-feira, setembro 20, 2024

Mercado imobiliário pressiona para mudar zoneamento

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Mercado imobiliário visa áreas nobres
Mercado imobiliário visa áreas nobres

Apesar da fragmentação de fazendas, o apelo crescente do mercado imobiliário e a concentração de condomínios fechados, os distritos de Sousas e Joaquim Egídio ainda mantêm sua vocação com a atividade rural da agropecuária tradicional. Distante 10 e 15 quilômetros do centro de Campinas, respectivamente, os dois distritos ainda seguem ocupados por antigas propriedades rurais que, no decorrer das ultimas décadas, se desmembraram em loteamentos e fragmentos chácaras.

Os dois distritos são protegidos pelo APA (Área de Proteção Ambiental) que além dos dois distritos  ainda concentra os bairros Carlos Gomes, Jardim Monte Belo e Chácaras Gargantilha. A APA tem 223 quilômetros quadrados e compreende a 27% da área total de Campinas. Os distritos concentram porções remanescentes de vegetação nativa da Mata Atlântica e é abrigo natural de inúmeras espécies da flora e fauna, corredor de nascentes d’água, corredeiras e cachoeiras.

Além de serem cortados pelos rios Atibaia e Jaguari, os dois distritos ainda guardam resquícios de edificações de inestimável valor histórico e arquitetônico que são o registro vivo do surgimento de um povoado antes da metropolitana Campinas. Sousas é a mais populosa com 28 mil habitantes e Joaquim Egídio com 5 mil habitantes.

Estradas em más condições

A Fazenda Santa Maria, uma das mais antigas de Joaquim Egídio, foi compartilhada entre os cinco irmãos e hoje cada familiar tem o seu sitio. Cada porção de terra mantém a sua vocação dando continuidade a sua principal atividade econômica que é a rural.

No Sitio Planalto, apesar do terreno acidentado de morro de declive e cheio de pedras, o plantio de eucalipto é o mais viável no momento, segundo a proprietária Vilma Romano.  Em tempos de estiagem a pouca oferta de água impede uma irrigação eficiente.

Mas para ela, uma das maiores dificuldades é fazer escoar a madeira. As estradas de acesso estão em condições precárias o que dificulta o transporte e o acesso dos moradores locais.  “Faz uns três ou quatro meses que não vejo nenhuma máquina passar por aqui limpando as estradas”, reclama.

Por causa das condições precárias das estradas, um caminhão que faz o transporte da madeira quebrou e por isso está tendo atraso com a continuidade do trabalho de retirada do eucalipto.

“É ruim para o transporte e para as pessoas que trabalham aqui e vem de fora e daqueles que precisam ir ao hospital, supermercado, o transporte escolar ”, disse. O Sitio Planalto fica distante 8 quilômetros de Joaquim EgÍdio.

Vilma Romano reclama que a atividade rural é pouco valorizada e não encontra incentivo. Ela acha que deveria haver mais atenção à população residente em  propriedades rurais que é a comunidade naturalmente engajada na manutenção do verde e da vida sustentável.

 

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