Apoio da população é importante para acelerar a obra
Com o objetivo de tentar convencer a população que as obras são necessárias para o acesso ao distrito de Sousas, a Prefeitura de Campinas prepara a abertura de uma audiência pública para tentar acelerar o começo das obras de prolongamento da Avenida Mackenzie. A Administração espera conseguir apoio popular para contrapor ao argumento dos promotores, de que o empreendimento prescinde de estudos sobre a ocupação dos loteamentos a serem realizados no entorno da futura pista e de que a obra fere a lei de parcelamento do solo.
Outra ação prevista pelo município para desatar o nó que emperra o início das obras é tentar reverter o valor do terreno, que foi atribuído recentemente por uma perícia judicial. O preço da área a ser desapropriada vale por volta de R$ 1 milhão, segundo um perito escolhido pela Justiça, enquanto técnicos do município consideram que o terreno custe R$ 3,1 milhões.
Embora a desapropriação deva ser bancada por um conjunto de empresas do setor imobiliário interessados na execução de extensão da pista, o município considera que este valor inviabilizaria a construção e manutenção de um centro de tratamento para dependentes de drogas e de cuidados ao idoso, que será custeado com os recursos da desapropriação. Um acordo entre as partes envolvidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) também o alteamento da Avenida Mário Garnero, que costuma sofrer alagamentos nos períodos de chuva.
Obra beneficiará 100 mil
Os oito quilômetros de prolongamento da avenida foram projetados a partir da Rodovia Dom Pedro I até os loteamentos San Conrado e Três Pontes do Atibaia. Serão 100 mil pessoas beneficiadas que hoje utilizam a Rodovia Heitor Penteado para chegar à Sousas.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano estima-se que 70% do tráfego atual passará a circular pela nova via. A região é umas das que apresentam maior crescimento populacional de Campinas.
A urbanização em Sousas foi crescente desde a década de 70 quando houve um aumento populacional de 55,49%. Nos anos 80 chegou a 57,4% passando para 93,6% e 93,7% nas décadas seguintes. Em Joaquim Egídio o percentual foi de 28,7% nos anos 70 e aumentou para 34%, 40,5% e 30,5% nos anos 80, 90 e 2000 respectivamente.