Na vida não existe gratuidade. A felicidade pode ser natural mas tem custo pesado. Buscar incansavelmente e eternamente é o destino de quem as possuiu. Andar descaminhos é natural na sua captura. Perder direção é normal na sua conquista.
Suar na sua busca é transpirar prazeres fragmentados.
Em meu caso especial fui preciso voar atravessando o oceano Atlântico para finalmente dizer que sou feliz.
Num dos momentos de maio dor da minha vida levantei cedo e soltei as asas em direção ao Atlântico. Senti como um filhote no começo, como passaro maduro no percurso e no final morri na praia. No meio do céu quando sofri uma artilharia pesada e embaixo tinha o alto mar mantive o sangue de barata e avancei vitoriosamente intacto em busca de nosso sentido existencial que é a felicidade a qualquer custo. As adversidades existenciais foram inferiores a minha maturidade.
Depois de provar que minhas asas levariam ao extremo do horizonte quando estava chegando do outro lado do oceano Atlântico despedacei na praia e exausto cheguei ao porto seguro compreendendo que a felicidade é uma derivação da vontade e de combate pessoal as adversidades que surge no seu caminho. Dando passos tímidos e exausto cheguei ao porto seguro de meu objetivo existencial.
Agora sofro bombardeio protegidos por muralhas consistentes. Se da terra vem pelotões armados do céu pode vir tempestades enigmática. Tenho telhado protetor, mais por mais forte que for não é totalmente infalível. Dos pelotões terrenos confio que posso sair intacto, porém das tempestades enigmáticas que vem das alturas a certeza não é mesma. E neste momento de bonança percebo que a felicidade é ser amante da vida e guerreiro terreno, pois não aceitação da infelicidade e o combate determinado ao seu vírus sistêmico desinfetam robustamente todos os enredos dramáticos e põem na vitrine do amanhecer a mensagem que as adversidades vencidas são partes de um todo conteúdo que chama felicidade solida.
JUAREZ ALVARENGA