Haddad, Eduardo Bolsonaro e Alckmin largam na frente; pesquisa mostra eleitor dividido e embates internos já em curso
A disputa pelas duas vagas ao Senado que São Paulo renovará em 2026 começa marcada por forte equilíbrio e sinais de fragmentação política. Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, realizado entre 4 e 8 de dezembro com 1.680 eleitores em 85 municípios, indica que três nomes despontam com maior visibilidade no cenário espontâneo: Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
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No primeiro cenário testado, Haddad lidera com 40,3% das menções, enquanto Eduardo Bolsonaro aparece com 30,7% e tenta manter o capital eleitoral herdado do conservadorismo paulista. Em outro cenário, Alckmin assume a dianteira com 41,9%, seguido por Guilherme Derrite (PP), que registra 23,9% e se projeta como alternativa de direita fora do núcleo bolsonarista.

A sondagem confirma que a corrida terá dois eixos distintos: a disputa interna da direita pelo mesmo eleitorado e a tentativa do campo progressista de consolidar uma frente competitiva.
Bastidores e movimentos estratégicos
Nos partidos, a leitura é de que a eleição para duas vagas reduz margem de erro e exige alianças mais amplas. A presença simultânea de Eduardo Bolsonaro e Derrite deve tensionar partidos do bloco conservador, que já discutem quem terá prioridade em palanques municipais e tempo de TV.
Do outro lado, aliados de Haddad avaliam que a candidatura dele pode impactar negociações federais, pois, se eleito, deixaria vago um ministério de peso no governo. Já o entorno de Alckmin trabalha para reposicioná-lo como nome moderado apto a atrair setores empresariais insatisfeitos com a polarização.
As próximas pesquisas devem medir se a base bolsonarista se fragmenta ou se tende a convergir para um único nome — ponto considerado decisivo por lideranças partidárias.




