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quinta-feira, fevereiro 6, 2025

População desconhece sobre Plebiscito em Campinas

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 Em Sousas, moradores acreditam que apenas eleitores das regiões do Campo Grande e Ouro Verde deverão votar no plebiscito
Em Sousas, moradores acreditam que apenas eleitores das regiões do Campo Grande e Ouro Verde deveriam votar  

Um levantamento feito pela redação do Jornal Local no distrito de Sousas mostrou que a maioria dos moradores pensam que apenas moradores das regiões Sudoeste de Campinas é que precisassem votar no Plebiscito.

Antonio, dono de um mercadinho no Centro de Sousas, acha justo que essa votação da criação ou não de distritos para o Campo Grande e Ouro Verde fosse somente realizada pelos moradores daqueles bairros. “Não temos como saber as necessidades de lá e votarmos sim ou não. São regiões muito grandes e eles quem sabem do que precisam em seus bairros”.

Moradora da Vila Iório não sabia do plebiscito e ficou surpresa quando foi questionada sobre essa votação. Ela acredita que mesmo por morar tão distante das regiões poderá ajudar para que os distritos sejam criados.

Os juízes da Corte Eleitoral paulista aprovaram, de forma unânime, questões relativas ao plebiscito que ocorre em Campinas no dia 5 de outubro, junto com o 1º turno das Eleições 2014. O comparecimento é obrigatório e nas urnas, o eleitor votará primeiro para as Eleições 2014 e, por fim, responderá à consulta popular.

Cerca de 800 mil eleitores de Campinas participaram do plebiscito que decidirá se as regiões de Ouro Verde e Campo Grande serão ou não elevadas à condição de distritos administrativos, independente do bairro que residem, todos são obrigados a votar no plebiscito. O eleitor, depois de votar para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República, deverá responder às perguntas sobre a criação dos distritos, digitando 60 para Sim ou 30 para Não e confirmar.

Possíveis distritos

Juntas, as regiões do Campo Grande e do Ouro Verde abrigam mais de 400 mil habitantes distribuídos em 230 bairros. Eles reúnem 78 linhas de ônibus, além de 82 escolas com 27 mil alunos. Apesar dos dados refletirem a importância das regiões para a cidade, ambas ainda sofrem com a falta de acesso a direitos básicos, como saúde e educação. E, por muito tempo, a população deposita na criação dos distritos a esperança de tempos melhores nesse sentido.

No ano passado, pela ouvidoria da Prefeitura, foram registradas 351 reclamações na região do Campo Grande e 528 só na região do Ouro Verde, principalmente em relação à forma como é feito o atendimento público, à falta de profissionais em geral e dificuldades na saúde. Na região do Campo Grande, as queixas mais frequentes são sobre transporte, saúde e educação. Já no Ouro Verde, há muitas reclamações por problemas de infraestrutura, com ruas mal acabadas, sem calçada e falta de rede de esgoto, por exemplo.

 

Posição do prefeito Jonas

Em uma nota divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas, o prefeito Jonas Donizette disse que a criação dos distritos é algo importante para a cidade, já que Campinas cresceu muito nos últimos anos e a atual administração quer valorizar a descentralização da gestão. “Os serviços prestados pela Prefeitura têm que ser cada vez mais descentralizados, cada vez mais próximos do cidadão”.

Se aprovado pela população, a criação dos distritos contará com recursos orçamentários da Prefeitura, e não haverá aumento de impostos para a cidade de Campinas, informou a Assessoria de Jonas.

 

Novos cargos administrativos

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Planejamento, informou que estão previstas as contratações apenas dos subprefeitos, no caso de o sim para aprovação dos novos distritos sair vencedor nas urnas. Os cargos serão criados pela Câmara, assim que os resultados das urnas forem confirmados. As equipes de trabalho serão reforçadas através de remanejamentos, segundo a administração, “de acordo com as necessidades e possibilidades”, não está prevista a contratação de funcionários.

Os dois distritos devem ser atendidos pela política de descentralização de serviços, em curso pela administração. “Conforme a necessidade de reforçar a mão de obra nas ARs, isso será feito na base do remanejamento de funcionários. Que será possível graças ao conceito do ‘Agiliza Campinas’, que o governo Jonas já implantou em Barão Geraldo. Consiste em descentralizar o máximo possível de serviços públicos e levá-los para os distritos”, informa a assessoria.

As ARs (Administrações Regionais) 12 – Ouro Verde – e 13 – Campo Grande – nas regiões Sudoeste e Noroeste de Campinas, precisam, no mínimo, segundo coordenadores, triplicar o número de funcionários para conseguir atender as demandas simples, como limpeza de ruas e terrenos. Isso, em relação aos números que estão no papel e para continuar atuando com autonomia em relação à Prefeitura de Campinas. Segundo a Secretaria de Serviços Públicos, cada AR tem 20 funcionários. O número, que já é pequeno, no entanto, não representa a quantidade de pessoas trabalhando.

 

 

 

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