Lauro Péricles Gonçalves, presidente da Sociedade de Água e Abastecimento S/A (Sanasa) foi ouvido nesta quinta-feira, 28, pela CPI das Fraudes da Câmara Municipal de Campinas. Ele negou o envolvimento da empresa no esquema de fraudes em licitações denunciado pelo Ministério Público em setembro, e manteve o discurso do dia 18 de outubro, quando divulgou o resultado de uma sindicância interna na SANASA, de que os contratos não apresentam nenhuma irregularidade. Maria de Fátima Barreto Tolentino, diretora financeira da empresa também foi ouvida pela CPI.
Na última terça-feira, 26, o presinte e o diretor financeiro da IMA, Pedro Jaime Ziller de Araújo e Gilson Santos Chagas também prestaram depoimento. Os dois negaram envolvimento da empresa em fraudes de licitação com a Infratec Segurança e Vigilância LTDA. Segundo eles, a IMA não foi citada no relatório do MP e o contrato com a Infratec foi feito em caráter emergencial, o contrato terminou em outubro. A Prefeitura Municipal de Campinas realizou uma auditoria interna e descartou irregularidades. Após ouvir os representas da IMA e da Sanasa os membros da comissão definirão os próximos passos da CPI.
O Caso
No dia 17 de Setembro oito pessoas foram presas durante uma operação da Corregedoria da Polícia Civil e do GAECO, órgão do Ministério Público. O motivo foi a suspeita de fraudes em licitações em todo o país.
Uma das formas que o grupo agia, era com dois lobistas de Campinas pagando propina para políticos e funcionários públicos, afim de direcionar o resultado da concorrência. Assim, as empresas corruptas garantiam os contratos.
A outra maneira de atuar era fazendo acordo com as concorrentes, combinando os preços e conseguindo que as ofertas fossem sempre as mais baratas. Posteriormente, o lucro era dividido. A Justiça quebrou o sigilo bancário e bloqueou as contas de todos os suspeitos presos.