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quinta-feira, setembro 19, 2024

Presidente do PT Gleisi Hoffman reage a Rede Globo sobre fake news do meio ambiente

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Na falta de assunto da pauta econômica para demonizar o PT, o Globo agora decidiu investir no meio ambiente. A mais nova fake news do jornalão da família Marinho é um editorial sem pé nem cabeça que sustenta que o PT não apoia as ações do governo Lula para reforçar o combate ao desmatamento no país. De acordo com o Globo, o PT “reluta em reforçar o combate ao desmatamento”. O jornal falha, contudo, em apresentar um documento ou declaração de alguma liderança que corrobore a tese absurda.

No editorial, publicado no sábado (27), o Globo aponta para a necessidade de o governo fortalecer o Ibama e o ICMBio para aumentar a fiscalização e chega a destacar o abismo que separa as ações de proteção ambiental do governo Lula da destruição criminosa de florestas incentivada por Bolsonaro.

“No primeiro ano do governo Bolsonaro, apenas 7% da área desmatada foi alvo de fiscalização. No ano passado, o percentual pulou para 42%. A iniciativa surtiu resultado”, reconhece o jornalão carioca para, em seguida, partir para o ataque: “Em muitas oportunidades, lideranças do PT fazem questão de ressaltar o papel relevante da ação do Estado. Por isso causa estranheza a relutância em reforçar Ibama e ICMBio”, opina o diário.

A sandice de O Globo não passou despercebida pela presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que foi às redes sociais rebater a investida do jornal contra a legenda. “De onde foi que o Globo tirou a conclusão de que o PT “reluta” em combater desmatamento no editorial de hoje?”, indagou Gleisi, em postagem no X.

“Ataque irresponsável e sem qualquer base em fatos”, denunciou a petista. “Os avanços de nosso governo estão listados no próprio texto do editorial, assim como os retrocessos do bolsonarismo na área. Parece que atacar o PT é uma obrigação ou um vício incorrigível”, lamentou Gleisi.

De fato, os principais avanços na área ambiental do governo Lula têm ocupado espaço no site do partido desde o início da gestão petista. Em fevereiro, por exemplo, a notícia de que o desmatamento na Amazônia caiu 60% entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano estampou a manchete do site do PT.

Do mesmo modo, o compromisso do presidente Lula com a meta de desmatamento zero até 2030 foi tema de matéria no dia 9 abril. A assinatura do decreto que cria o Programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais, que destinará R$ 700 milhões do Fundo Amazônia e do projeto Floresta+ para parceria com estados e municípios em ações de desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda e redução de desmatamento, da degradação e incêndios florestais, foi o destaque da reportagem.

Em julho, foi a vez de o site informar que “a área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 38% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe. No Cerrado houve queda de 15% de janeiro a junho, a primeira redução para o período desde 2020”.

Comportamento dúbio

Chama a atenção a comportamento dúbio do Globo em relação a um governo tão claramente inimigo do meio ambiente, cuja política de “passar a boiada” permitiu a devastação de diversos biomas entre 2019 e 2022. Apesar de registrar dados sobre o aumento do desmatamento, do garimpo ilegal e das queimadas daquele período, o jornal silenciou quanto aos pedidos de impeachment de Bolsonaro que se acumulavam, desde 2020, na Câmara dos Deputados, presidida à época por Rodrigo Maia, pelos inúmeros crimes cometidos, inclusive no que diz respeito às centenas de milhares de mortes por Covid-19.

Não são temas desconexos. Afinal, Bolsonaro continuou livre no cargo para causar uma catástrofe ambiental no paísinclusive o genocídio do povo Yanomami. Durante a pandemia, não se ouviu um pio de William Bonner em defesa do afastamento de Bolsonaro no jornal de maior audiência do país, o JN, do grupo Globo.

A relutância (?) do jornalão e do grupo Globo em associar ao ex-capitão, por exemplo, as milhares de mortes por covid que poderiam ter sido evitadas, no entanto, é facilmente explicável: o Globo teria muito a perder se fosse interrompida a agenda de privatizações de Paulo Guedes, bem como sua política neoliberal, que deixou 33 milhões de famintos no país mas tratou de rechear os bolsos da Faria Lima. Para manter o país de joelhos ao sistema financeiro, vale até engolir a seco a destruição do meio ambiente.

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