Mercado ignora ameaça protecionista e aposta em fundamentos da economia brasileira
Por Sandra Venancio – Jornal Local – Foto Rovena Rosa/Agencia Brasil
O dólar comercial caiu para R$ 5,423 nesta quinta-feira (7), atingindo o menor nível em mais de um mês. Segundo a Agência Brasil, com dados da Reuters, a moeda norte-americana recuou 0,74% no dia e acumula desvalorização de 3,18% em agosto. No ano, a queda chega a expressivos 12,25%.
>> Siga o canal do Jornal Local no WhatsApp
Enquanto isso, o Ibovespa subiu 1,48% e fechou aos 136.528 pontos, maior patamar desde 10 de julho. Foi o segundo dia seguido de alta superior a 1% — algo que não acontecia desde abril. O desempenho confirma que, apesar da retórica agressiva do presidente norte-americano Donald Trump e do chamado “tarifaço”, o mercado segue priorizando fundamentos econômicos e expectativas positivas para a política monetária.
Tarifaço com 700 exceções e efeito limitado
Anunciado como um golpe comercial, o tarifaço de Trump fixou taxa de 50% sobre diversos produtos brasileiros. Mas, junto com a medida, veio uma lista com mais de 700 exceções, reduzindo drasticamente seu alcance e impacto real. Analistas enxergaram a ação mais como gesto político do que como mudança substancial na política comercial norte-americana.
O bom humor da Bolsa e a valorização do real nos últimos dias reforçam essa leitura: para investidores, o tarifaço está longe de representar ameaça concreta à estabilidade econômica ou ao fluxo comercial entre Brasil e Estados Unidos.