
Casas do Beco II foram demolidas e do Beco Mokarzel interditadas
As enchentes, causadas pelos temporais de janeiro, trouxeram transtornos para Sousas. Vários pontos do distrito sofreram alagamentos, principalmente a região próxima à subprefeitura. As enxurradas fizeram com que a Prefeitura de Campinas considerasse os Becos (Mokarzel e II) áreas de risco e começasse uma operação para a retirada dos moradores destas residências.
Em 12 de janeiro, a Defesa Civil visitou o local e, no dia seguinte, deu-se início à demolição das 15 casas do Beco II. As famílias foram encaminhadas a um abrigo no Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, irão receber auxílio-moradia de R$ 371,00 (o primeiro lote foi liberado pela Secretaria Municipal de Finanças no dia 21 de janeiro) e serão encaminhadas ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, – foram oferecidas as residências do projeto no bairro Campo Grande.
Já, no Beco Mokarzel, a situação foi diferente. As famílias não aceitaram a proposta da Prefeitura. Eles permanecerão nas casas, mesmo interditadas, por tempo indeterminado. A retirada dos moradores da área é inevitável, uma vez que há decisão judicial, pois as residências estão em Área de Proteção Permanente. As secretarias de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública e Habitação tentam negociar a saída das famílias do local.
Os secretários das duas pastas estiveram em Sousas, no dia 21, e convidaram os moradores do Beco Mokarzel a conhecerem as instalações do “Minha Casa, Minha Vida” no bairro Campo Grande. Das 35 famílias residentes no local, apenas duas já concordaram em deixar o distrito.
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