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sexta-feira, dezembro 26, 2025
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Theme and Variations e Tchaikovsky Pas de Deux

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Theme and Variations (1947)

Theme and Variations é mais uma das grandes obras do russo George Balanchine sobre o Movimento Final da Suíte nº3 para Orquestra em Sol Maior Op. 55r, de Tchaikovsky. A peça consiste em 12 variações, nas quais os bailarinos apresentam os temas que serão retomados ao longo da coreografia. No desenrolar da obra, o casal principal intercala sua participação com o corpo de baile, que dá força ao trabalho e sustenta a obra. Os bailarinos entram dois a dois e aos poucos a cena está montada para outro momento particular, a polonaise, quando os 13 casais se preparam para uma diagonal, na qual a música ascendente de Tchaikovsky faz com o que corpo fique suspenso por alguns instantes.

A remontagem de Theme and Variations para a São Paulo Companhia de Dança é assinada por Ben Huys, indicado pela Balanchine Trust, e os figurinos foram executados por Tânia Agra, que criou “espartilhos mais curtos e bandejas de tutus menores para que as bailarinas pareçam mais longas para a remontagem”. “A composição das cores dos figurinos visa à harmonia perfeita entre os grupos que compõem o balé”, relata Tânia.

COREOGRAFIA | George Balanchine (1904-1983) Começou a estudar balé aos dez anos, na Escola de Dança de São Petersburgo. Formou-se em 1921 e integrou o balé GATOB (nome pelo qual foi conhecido o teatro Mariinski, entre 1919 e 1991; e a partir de 1935, passou a ser conhecido como Balé Kirov). Paralelamente à formação em dança, estudou no Conservatório de Música de Petrogrado. Teve sua estreia como coreógrafo em 1923, e, no ano seguinte, passou a integrar os Balés Russos (1909-1929), de Sergei Diaghilev (1872–1929), em que dançou e depois passou a coreografar. Em 1932, colaborou com os Balés Russos de Monte Carlo (1932–1963) e, em 1933, foi convidado por Lincoln Kirstein (1907–1996) para criar uma identidade para o balé nos Estados Unidos por meio de uma escola clássica, a School of American Ballet, que posteriormente deu origem ao New York City Ballet.

MÚSICA | Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840 -1893) foi o primeiro compositor russo a dar ao balé sua plena dimensão orquestral. Aprendeu a tocar piano aos cinco anos com a mãe. Foi aluno da Escola de Direito de São Petersburgo, mas logo abandonou a carreira para dedicar-se à música, após ingressar no Conservatório de São Petersburgo em 1863, aos 23 anos. Em 1865, tornou-se professor da Sociedade Musical Russa de Moscou, ocupando a cátedra de harmonia. Compôs três das mais marcantes obras para balé de todos os tempos: O Lago dos Cisnes (1877), A Bela Adormecida (1890) e O Quebra-Nozes (1892).

REMONTAGEM | Ben Huys (1967) nasceu na Bélgica e estudou na Escola Municipal de Balé da Antuérpia, sob a direção artística de Jos Brabants. Em 1985, venceu o Prix de Lausanne, competição internacional de dança, na Suíça, e recebeu uma bolsa para continuar seus estudos na School of American Ballet, em Nova York. Em 1986, passou a integrar o New York City Ballet. Dançou os principais papéis em balés de George Balanchine, Jerome Robbins (1918–1998) e Peter Martins. Inspirou o papel Príncipe Desejo na produção de Martins para A Bela Adormecida. Participou como convidado de diversas companhias no mundo, atuando em peças do repertório de Balanchine, Robbins, Anthony Tudor (1908 – 1987), William Forsythe, Heinz Spoerli, Maguy Marin, Oscar Araiz, James Kudelka, Nacho Duato, Ohad Naharin, entre outros. É o atual ensaiador de The George Balanchine Trust®, The Jerome Robbins Rights Trust e Christopher Wheeldon. Além de Theme and Variations remontou, para a São Paulo Companhia de Dança, Serenade (1935) e Tchaikovsky Pas de Deux (1960).

FIGURINOS | Tânia Agra (1949) é figurinista de balé e teatro, professora e coreógrafa. Mantém seu ateliê no Rio de Janeiro desde 1989, e trabalhou com produções de diversos coreógrafos, como Carlos Moraes, Eleonora Oliosi, Flávio Sampaio, Regina Sauer, Vitor Navarro, Heron Nobre, entre outros. Como convidada do Festival de Dança de Joinville em 2003, apresentou pela primeira vez no Brasil, um desfile de trajes de balé de repertório, resultado de sua pesquisa sobre o figurino na dança. Tânia também foi responsável pelos trajes do acervo particular de bailarinas como Ana Botafogo e Áurea Hammerli. Atualmente participa de concursos e mostras de dança como comentarista de figurinos e ministra palestras sobre o tema.

Tchaikovsky Pas De Deux (1960)

A primeira apresentação de Tchaikovsky Pas de Deux foi realizada pelo New York City Ballet em março de 1960. A coreografia de George Balanchine é uma obra de oito minutos que exige grande virtuosismo técnico dos bailarinos ao mesclar técnicas clássicas e neoclássicas, num tributo ao balé romântico.  A bailarina dança brincando com o eixo vertical, com especial domínio do equilíbrio e do desequilíbrio. Ela também precisa de grande velocidade nos movimentos dos pés e graça e agilidade nos braços. Para os homens, o desafio está na combinação de difíceis rotações, na velocidade dos movimentos e nos grandes saltos.

A partitura musical de Tchaikovsky (1840-93) foi concebida originalmente para o terceiro ato de O Lago dos Cisnes, sob encomenda do Teatro Bolshoi, em 1876. Tchaikovsky a teria composto às pressas depois que a obra já estava acabada, como parte independente da história central do balé, somente para destacar o desempenho de uma das bailarinas da companhia. Sem o registro na partitura original, a música não integrou, por exemplo, a histórica versão coreográfica que Marius Petipa (1818-1910) concebeu em 1895 para a apresentação à corte real, em São Petersburgo, no Teatro Marinsky. Desconhecida por mais de meio século, inclusive pelo o Museu Tchaikovsky, em Klin, somente foi descoberta com os esforços da Fundação Tchaikovsky, de Nova York.

A remontagem da obra para a São Paulo Companhia de Dança foi feita pelo bailarino e professor belga Ben Huys, indicado pela Balanchine Trust.

COREOGRAFIA | George Balanchine nasceu na Rússia em 1904. Começou a estudar balé aos 10 anos na Escola de Dança de São Petersburgo. Formou-se em 1921 e integrou o balé do GATOB (nome pelo qual foi conhecida a companhia do Teatro Maryinski de 1919 a 1934; a partir de 1935,  passa a ser conhecido como Balé Kirov).  Paralelamente à formação em dança, estudou no Conservatório de Música de Petrogrado. Estreou como coreógrafo em 1923 e no ano seguinte passou a integrar os Balés Russos (1909-1929), de Sergei de Diaghilev (1872-1929), onde dançou e, pouco depois, passou a coreografar. Em 1933, foi convidado por Lincoln Kirstein para criar uma identidade americana para o balé por meio de uma escola clássica nos Estados Unidos, a School of American Ballet (SAB), que daria origem ao New York City Ballet. Morreu em Nova York em 1983.

MÚSICA | Pyotr Ilyich Tchaikovsky, primeiro compositor russo a dar ao balé sua plena dimensão orquestral, nasceu em Votkinsk, na Rússia, em 1840. Foi aluno da Escola de Direito de São Petersburgo, mas logo abandonou a carreira para dedicar-se à música, após ingressar no Conservatório de São Petersburgo em 1863, já com 23 anos. Seu grande esforço fez com que progredisse rapidamente nas aulas de composição, piano, flauta e órgão e, em 1865, tornou-se professor da Sociedade Musical Russa de Moscou, onde se aproximou por um tempo do nacionalista Grupo dos Cinco, do qual logo se afastaria por defender um cosmopolitismo que unia elementos russos e estrangeiros. Compôs três das mais marcantes obras para balé de todos os tempos: O Lago dos Cisnes (1877), A Bela Adormecida (1890) e O Quebra-Nozes (1892). Morreu aos 53 anos vítima de cólera, em 1893.

Gnawa (2005)

Gnawa, presente em repertório da São Paulo Companhia de Dança desde março de 2009, é de autoria do consagrado criador Nacho Duato e é inspirada no universo étnico e religioso de uma confraria mística muçulmana do norte da África. De origem sub-saariana, os gnawas incorporam cantos às suas práticas espirituais, e Duato adotou, como base da coreografia, canções dessa comunidade. Gnawa dá continuidade à pesquisa do coreógrafo iniciada em Mediterranea, que assinala um interesse do espanhol pelos ritmos ancestrais da região. Gnawa como muitas das criações de Duato, busca um equilíbrio entre o clássico e o contemporâneo, como entre o local, o particular (no caso, a cultura mediterrânea) e o universal, as questões simbólicas que renovadamente propõe a arte.

COREOGRAFIA | Nacho Duato nasceu em Valência e começou a dançar aos 18 anos, na Rambert School, em Londres, tendo depois passado pela Mudra School de Maurice Béjart e pelo Alvin Ailey American Dance Centre. Com obras nos repertórios das mais prestigiadas companhias do mundo, recebeu alguns dos mais importantes prêmios e distinções da Europa.

Teatro Bradesco – www.teatrobradesco.com.br

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