Parlamentar do PSOL participava de missão internacional que levava ajuda humanitária a Gaza; governo brasileiro cobra garantias de segurança
Por Sandra Venancio – Foto Reprodução redes sociais
A vereadora licenciada de Campinas, Mariana Conti (PSOL), está entre os participantes da Global Sumud Flotilla, iniciativa internacional que foi interceptada por forças militares de Israel em águas do Mar Mediterrâneo nesta quarta-feira (1º). O grupo navegava rumo à Faixa de Gaza com o objetivo de entregar ajuda humanitária.
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Segundo a assessoria da parlamentar, Mariana precisou se desfazer do celular durante a operação e foi descrita como “sequestrada” pelas forças israelenses. Ainda não há confirmação oficial se ela está entre os detidos, nem previsão de contato com familiares no Brasil.
Parlamentares e ativistas
A flotilha é formada por ativistas de dezenas de países e também conta com a presença da sueca Greta Thunberg, além de parlamentares como a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Relatos de integrantes indicam que as embarcações haviam sido alvo de ataques de drones antes da interceptação.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou, em nota, que os passageiros foram “parados com segurança” e estavam sendo levados a um porto israelense. A chancelaria declarou que “Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis”.
Reação do Brasil
O governo brasileiro divulgou nota oficial afirmando que acompanha com preocupação a ação militar, que envolveu cidadãos brasileiros, incluindo parlamentares. O texto ressalta que a interceptação viola direitos e coloca em risco a integridade física dos manifestantes, além de cobrar o fim imediato das restrições impostas à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com autoridades israelenses para prestar assistência consular.
Missão contestada
A Global Sumud Flotilla reúne embarcações civis carregadas com suprimentos destinados à população palestina, em meio ao bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Organizações humanitárias afirmam que a interceptação em águas internacionais configura violação do direito internacional




