Galões de água tiveram alta de até 133% em algumas cidades do País, em 2013. Consumidores devem buscar métodos de purificação mais seguros e com melhor custo-benefício
A onda recorde de calor que tem atingido o Brasil nos últimos meses fez com que a água engarrafada sofresse um aumento significativo no preço em diversas regiões do País. Segundo o Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas, o Iepe, só em Porto Alegre, por exemplo, o reajuste foi quase o dobro da inflação mensal (0,81%), provocando uma alta de 1,6% no preço da bebida. Segundo o centro de pesquisa, o aumento superou o de outra favorita da temporada, a cerveja, cujo aumento foi de 1,19%.
No entanto, uma pesquisa realizada alerta para o risco de consumo da água engarrafada e afirma que o gasto pode ser maior do que o esperado pelo consumidor e pesar no bolso no final do mês. Ao analisar os garrafões de água, o consumo médio por uma família de três pessoas é de, aproximadamente, 3 litros por dia. Em oito meses consome-se 38 galões de 20 Litros de água, o que corresponde mais de R$ 260,00 em água neste período, se tivermos como base o preço médio de R$ 7,00 por unidade. A pesquisa ainda aponta que algumas cidades chegaram a apresentar uma variação de até 133% de alta no preço da unidade por causa do calor. “O consumidor acaba sofrendo com os preços abusivos, sendo que ele pode ter soluções mais econômicas e seguras dentro de casa”, explica Sabrina Zanker, gerente de marketing de uma empresa de água mineral.
A coordenadora de pesquisa, Aline Azevedo, também alerta para outro problema. Segundo ela a lei brasileira não proíbe o engarrafamento de águas provenientes de fontes artificiais, mas determina que as empresas que utilizam essas fontes dêem o tratamento e a mineralização adequados à água antes da comercialização. “Nesta etapa, um dos maiores perigos para o consumidor é a água mineral “pirata” – que não foi fiscalizada pelos órgãos responsáveis e pode vir de fontes contaminadas por substâncias tóxicas ou microrganismos”, diz.
Testes realizados em garrafões pela Proteste, organização não-governamental de defesa do consumidor, mostrou que embora 80% não revelassem grandes problemas, os rótulos das águas de garrafão continham informação incompleta e quantidade errada de minerais, além de não mostrarem a data de validade ou instruções para conservação. Outras marcas de água de garrafão apresentaram a bactéria Pseudomonas aeruginosa. Ela não oferece risco, a princípio, para quem está saudável de modo geral, mas o achado representa falha no processo de desinfecção.
De acordo com Aline, o armazenamento inadequado dos galões nas fábricas e estabelecimentos comerciais pode também trazer sérios riscos à saúde. Segundo ela, as altas temperaturas não são o único risco potencial. Outros itens que guardamos juntos no mesmo espaço também podem causar problemas. Muitas vezes galões podem ficar expostos ao sol, fumaça, pesticidas e outros produtos químicos que poderiam, no mínimo, afetar o cheiro e o gosto da água. “A exposição ao sol, desta maneira, altera o equilíbrio químico, especialmente se for uma água mineral da fonte. Isso não tem a ver com a garrafa, mas com os componentes que já estavam na água quando ela foi recolhida”, completa.
Embora tenha se visto um considerável aumento na procura pelos purificadores por conta dos benefícios que eles trazem para a saúde, poucos sabem, realmente, como eles são capazes de tornar a água que bebemos muito mais saudável. Os purificadores são aparelhos que conseguem matar bactérias, independentemente do sistema; eliminar impurezas, odores e o gosto de cloro.
“Se compararmos com o preço da água engarrafada, comprar um purificador de água é muito mais econômico ao longo do tempo e possui um bom custo-benefício para o consumidor”, explica Sabrina.