Os Seresteiros de Sousas inaugura a placa em homenagem ao grupo no Coreto localizado à Praça São Sebastião. A solenidade está marcada para o dia 4 de abril, às 19h.
Na ocasião participam os estabelecimentos localizados nas proximidades da praça, como: Restaurante Ca’Di Mattone, Via Vicco Pizzaria, Senhor Sorvete e O Antiquário com o The Coffee, comidinhas a preços acessíveis, mesas e cadeiras estarão disponíveis aos visitantes.
A iniciativa é da Subprefeitura de Sousas, com organização de Caroline Nunes, apoio da Secretaria de Cultura e EMDEC.
A Praça São Sebastião passa por reforma e ganha uma nova iluminação, o jardim será remodelado e o coreto e as sarjetas serão pintados.
Segundo o subprefeito, Wander Vilalba o objetivo é resgatar a cultura das praças de outros tempos, com a participação dos seresteiros, em clima de homenagem e muita emoção. “Parte da nossa responsabilidade social que é contribuir, por todos os meios, para a preservação da memória da comunidade”, afirma.
Sobre os Seresteiros de Sousas
Por volta de 1950, a Praça São Sebastião foi toda reformada, com calçadas, canteiros de flores, construção do muro à margem do rio, e no mesmo lugar da cabeceira da ponte foi construído um coreto de concreto com pergolado de onde pendia uma bela trepadeira.
O coreto tornou-se o lugar preferido dos namorados e das pessoas que gostavam de contemplar as águas do rio passando, enquanto aproveitavam para meditar e devanear.
Após essa reforma, Alcides Buzon, um exímio seresteiro tocador de violão mudou-se para Campinas para a “Nossa Praça”, como ele passou a chamá-la. Nos finais de tarde ele se sentava no coreto e passava horas cantando, acompanhado de seu violão, e dizia-se, que o som do violão e a voz do seresteiro eram levados pelo rio até os ouvidos da amada.
A partir de então formou-se um grupo de amigos que gostavam de seresta: Binho no violão, Moacir no pandeiro, Írio na flauta e Gino, com sua bela voz.
O coreto da praça tornou-se o ponto de encontro preferido pelos Seresteiros de Sousas. Os encontros no coreto proporcionaram também o aparecimento de novos seresteiros, que até hoje se reúnem no coreto e em casas de família para alegrar as comemorações e propiciar belas recordações de outros tempos e da vida no distrito.
Da formação original, com 14 integrantes, o grupo conta com 10 músicos, alguns oriundos tempos depois de seu início. Em comum, no entanto, o principal combustível para a manutenção do grupo: o gosto e paixão pelo estilo saudosista e único da seresta.
“A seresta está ligada á celebrar a saudade, e seus adeptos que tem em comum o gosto por relembrar as melodias deste passado saudoso”, diz um dos seresteiros Carlos Bonavita.
E José Stefano Anderi, o Zezinho do Bandolin, completa: “O objetivo era recordar e reverenciar o ritmo símbolo de nostalgia de uma época. A Seresta tem conceito saudosista. Os ritmos são a valsa, o samba canção, com sucessos de grandes compositores, como Pixinguinha e Cartola”.
O presente projeto de Lei visa denominar “Seresteiros de Sousas”, o Coreto existente na Praça São Sebastião, localizada no Distrito de Sousas. “Desta forma, justa é esta homenagem ao famoso coreto”, afirma o autor do projeto Marcos Bernardelli.
