Parecia que tudo já estava resolvido. Todos nós víamos nos principais jornais e noticiários uma vitória tranqüila de Luís Inácio Lula da Silva no 1º turno. Mesmo com o caso do dossiê contra Serra, Alckmin subiu apenas 3 pontinhos nas pesquisas. Míseros 3% distribuídos entre aqueles que ficaram com o pé atrás com o atual governo e aqueles que gostariam de ver Heloísa Helena lá em cima, mas resolveram votar em um possível 2º turno.
Mas o inferno de Lula começou a atingir seu ápice na última quinta-feira de setembro. Uma atitude, que achou ele ser correta, mostrou uma pessoa imatura e sem fibra: uma cadeira vazia, no principal debate, na principal rede televisiva do país. O debate que poderia mostrar um homem sem medo, lúcido, que não devia. Com aquela cadeira vazia, Lula perdeu credibilidade, que lhe custou votos.
A última facada veio ao final de semana, quando fotos do dinheiro do caso do dossiê foram divulgadas por um “descuido” de um delegado. Aquele dinheiro realmente existia? Tentaram com a notícia de uma tragédia de avião, que foi comentada durante o sábado todo, desviar o assunto. Mas o destino já estava selado. A imagem das cédulas tinha comprovado que aquilo poderia ser real.
Na verdade não foi Alckmin que chegou ao 2º turno, e sim, Lula que perdeu no 1°. Nunca uma cadeira vazia pesou tanto. Nunca uma foto de dinheiro valeu mais do que ele próprio. Que venha agora o 2º turno, que está, em partes, indefinido. Indefinido sim, pois podemos esperar tudo de uma nação que elege Clodovil, Maluf e Collor.
Tiago Campos
Que venha o 2º turno
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