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quinta-feira, julho 3, 2025

Cesta básica dispara e preço do frete é repassado ao consumidor

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Com o aumento do frete, o valor é sempre repassado ao consumidor nas prateleiras dos supermercados

 

Nos últimos 12 meses, os brasileiros viram a cesta básica subir 21,46%, um índice muito maior que o da já alta inflação, que está em 11,30%. O dado, elaborado por professores de economia da PUC do Paraná, mostra que a política econômica de Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, é especialmente cruel com os mais pobres.

Os professores que fizeram o estudo disseram à Folha de S. Paulo que a disparada de preços dos alimentos da cesta básica se deve a três fatores: pressões do clima adverso, o aumento do custo dos fretes e a guerra entre Rússia e Ucrânia. E é bom explicar: todos têm relação direta com as decisões de Bolsonaro.

O preço do frete (valor cobrado para transportar os alimentos) está diretamente relacionado ao preço do diesel, que, só em março, cresceu mais 13%. E cresceu porque Bolsonaro insiste em manter no comando da Petrobras uma diretoria que pratica a dolarização dos combustíveis.

Já a guerra entre Rússia e Ucrânia e o clima afetam a economia do Brasil de forma tão intensa porque Bolsonaro simplesmente ignorou qualquer política de segurança alimentar. Diferentemente de Lula e Dilma, que faziam estoque de alimentos básicos para, quando eles faltassem, colocá-los no mercado e controlar os preços, o atual presidente praticamente acabou com essa política.

Em resumo, os brasileiros hoje comem menos porque Bolsonaro abriu mão da soberania nacional, entregando a Petrobras para os interesses de acionistas estrangeiros e para aqueles que só pensam em vender a empresa, e porque não se planejou para garantir alimento barato em caso de algum tipo de crise.

Pobres são os que mais sofrem

Quem sofre são os mais pobres. “Uma inflação acima de 20%, como a da cesta básica, impressiona. Afeta todos os brasileiros. Mas são as classes com renda mais baixa que sentem mais. Elas estão empobrecendo”, disse à Folha Jackson Bittencourt, coordenador do curso de economia da PUC-PR.

O estudo da universidade mostra que os brasileiros pagam hoje, em comparação com o que pagavam um ano atrás, 94,5% a mais pelo tomate, 64,6% a mais pelo café, 35,6% pelo açúcar cristal, 27,1% pela batata-inglesa e 23,7% pelo óleo de soja. A única queda foi o arroz, porque vem de um grande alta dos preços que ocorreu a partir de 2020 (gráfico acima).

Com isso, o preço da cesta básica no Brasil hoje já equivale a 58,57% do salário mínimo. A fome, que já se tornou realidade para mais de 19 milhões de brasileiros, deve se agravar, preveem os autores do levantamento. Obra de Bolsonaro e Guedes.

 

Fonte PT

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