A partir desta terça-feira (1°), a Polícia Federal passa a ser responsável pela fiscalização do arsenal dos Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) em todo o país, assumindo atribuição antes sob tutela do Exército Brasileiro. A mudança marca o início de uma operação para garantir o cumprimento das normas e combater irregularidades.
A transferência da responsabilidade da fiscalização do arsenal dos CACs do Exército para a Polícia Federal visa aumentar a eficiência no controle das armas registradas no país. A medida já entra em vigor nesta terça-feira (1°), com ações simultâneas em várias regiões para verificar a regularidade no uso e armazenamento das armas.
Durante as fiscalizações, agentes da PF conferem documentos, condições de armazenamento e apuram denúncias de uso irregular e comércio ilegal. Até o momento, foram realizadas diversas apreensões e notificações para regularização da situação dos CACs.
Segundo dados do Exército fornecidos ao Instituto Sou da Paz, até dezembro do ano passado, quase 950 mil pessoas possuíam algum registro de CAC — como são conhecidos os caçadores, atiradores e colecionadores de armas no país. Essas pessoas registravam mais de 1 milhão de armas, número 560% maior do que o registrado há 10 anos.
A operação conta com o apoio de outras forças de segurança e órgãos de controle, integrando um esforço mais amplo para aprimorar a fiscalização e garantir a segurança pública.
Representantes dos CACs têm se manifestado em defesa da categoria, pedindo diálogo e respeito aos direitos dos colecionadores, atiradores e caçadores que atuam dentro da lei.
A Polícia Federal reforça o compromisso com a transparência e a legalidade, destacando que a fiscalização é necessária para evitar desvios e garantir o uso responsável das armas de fogo.